As discussões sobre as mudanças no projeto de Zoneamento Sócioeconômico Ecológico começaram ontem em Sinop e alguns pontos não estão agradando representantes do setor produtivo. É o caso do presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Galvan, que participou das discussões sobre a readequação do sistema de manejo florestal. Segundo ele, o que está sendo apresentado não é compatível com a realidade agrícola da região e poderia ser dispensado. “O zoneamento na realidade é para definir as áreas e o que nelas pode ser produzido. Como estamos em uma região consolidada e, está mais que provado, na realidade poderia se dispensar isso”, disse ao Só Notícias. Não existe proposta de zoneamento mas restrições de acordo com ele. “A realidade é que ninguém consegue entender a proposta do zoneamento. Do jeito que está é uma porcaria apresentada por uma incopetente Secretaria de Planejamento”, disparou. “Queremos adequá-las para com a realidade”, acrescentou.
Atualmente, a área de produção somente em Sinop é de aproximadamente 190 mil hectares, sendo 130 mil para área agrícola e 60 mil para a pecuária. Para o presidente, está provado que Sinop é viável para produção e, as tentativas de adequações chegam “sempre tarde”. “Quando o governo interfere na linha de produção, como aconteceu em 2005 com o arroz, quando vieram aqui desclassificaram a variedade, trouxeram para a região um problema econômico muito sério. Em 2006 também por problemas econômicos, dólar e essas coisas a modalidade que o governo implantou de sistema ecônomico trouxe prejuízos. Em 2007, o produtor rural já começou a respirar novamente e 2008 já pode se considerar um ano bom como assim em 2009, então o que temos aqui está consolidado”, reelembrou.
As discussões para formular a proposta de adequação começaram com a formação de grupos formados por representantes de sindicatos do setor produtivo, lideranças políticas e econômicas. A audiência final será no sábado. As propostas colhidas nas audiências públicas serão votadas, posteriormente, pela Assembleia. O relator da comissão que avalia o projeto é o deputado Dilceu Dal Bosco.