A saúde do município de Rondonópolis tem sido alvo de constantes polêmicas em função de decisões tomadas pela gestão do prefeito José Carlos do Pátio (PMDB). A mais recente envolve o atendimento na área para 19 municípios que integram o Consórcio Municipal de Saúde da Região Sul do Estado de Mato Grosso, já que a prefeitura suspendeu há três meses o repasse mensal de R$ 69 mil, o que levou o município a ser excluído do consórcio.
A situação levou o presidente da Câmara de Rondonópolis, vereador Hélio Pichione (PR), a anunciar na tribuna da Casa ontem, nos próximos dias, a secretária executiva do Consórcio Regional de Saúde, Vânia Scapini, será convidada a prestar esclarecimentos sobre o funcionamento da entidade.
A suspeita do vereador é que a decisão em deixar o consórcio, o que prejudica o andamento e prestação de diversos serviços à sociedade, seja estritamente política. Atualmente, o presidente do consórcio é o prefeito da cidade Jaciara, Max Russi (PR), e o cargo ocupado por Vânia Scapini – secretária executiva -, é uma indicação do presidente.
A dívida atual de Rondonópolis é de R$ 207 mil. Em razão da suspensão dos pagamentos, serviços nas áreas de Oncologia, Mastologia, Infectologia já foram suspensos. Nos próximos dias 40 funcionários do Nefrosul – Centro de Nefrologia -, poderão ser demitidos, por falta de recursos suficientes para pagamento de salários.
A alegação do secretário municipal de saúde de Rondonópolis, Valdecir Feltrin, é que estaria havendo sonegação de informações por parte da direção do consórcio, o que gerou a insatisfação do Executivo. A informação é negada pela secretária executiva do consórcio. “Com a secretária esclarecendo a população pretendemos dar transparência às ações do órgão e mostrar como é utilizado o cerca de R$ 260 mil repassados pelos 19 municípios”, diz Pichioni.