O governador Blairo Maggi recebeu hoje à tarde, no Palácio Paiaguás, o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, que durante audiência apresentou um relatório sobre o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Após as explanações, o governador se comprometeu em ajudar o prefeito a ‘destravar" os recursos junto ao governo Federal, atualmente bloqueados, para que as obras ganhem celeridade e sejam concluídas o mais breve possível.
Maggi esclareceu ainda que nunca houve por parte do Governo do Estado a intenção de ‘tomar para si" as obras do PAC e que se esse fosse o objetivo, já teria deixado claro desde o começo da articulação do governador junto ao governo Federal. Segundo Maggi, o assunto começou a ser tratado com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, sendo a única solução para a preservação do Pantanal mato-grossense a implementação de um plano de esgotamento sanitário em Cuiabá, para que os dejetos da capital não mais parassem naquelas baías. "Se eu puder apenas assistir as obras deslancharem, pra mim é muito melhor. Só que quando começamos a fazer essa articulação junto ao Governo Federal era para trazer para Cuiabá obras de importância significativa como essas, portanto, o que for necessário fazer num processo junto à União, eu o farei. O Estado só assumiria as obras caso a Prefeitura abrisse mão, o que não é caso", afirmou o governador.
O Prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, afirmou que as prefeituras não têm conseguido arcar com a contrapartida do programa, que gira em torno de 25% do valor empenhado pelo Governo Federal. Além disso, segundo Santos, há um outro problema maior que é a pressão das empresas para que haja um reajuste nos preços acordados nos processos licitatórios e contratos, já que os preços foram baseados na realidade de 2007 e lá pra cá, praticamente todos os itens licitados subiram de preço.
O governador disse que um grande diálogo terá que ser estabelecido entre União e Municípios, para que haja esse entendimento de reajuste dos processos. "Saio daqui hoje satisfeito, pois, o governador mais uma vez se mostrou disposto em nos ajudar a sanar essas pendências. Tudo que não queremos é que depois de esclarecermos os questionamentos junto à Controladoria Geral da União (CGU) – que já analisa os relatórios da prefeitura desde segunda-feira-, as obras sejam paralisadas pela desistência das empresas", disse o prefeito.
Os lotes onde estão injetados R$ 18,6 milhões do Governo do Estado, são o 2, 3 e 4. De acordo com o relatório apresentado pelo prefeito, o lote 2 está com 11% das obras concluídas, o lote 3, com 12,25% e das duas obras do lote 4, uma está com 3,20% e outra com 16,21%. "Isso significa dizer que ainda temos para gastar aproximadamente R$ 14 milhões", finalizou Wilson Santos.