O Centro de Tradições Gaúchas (CTG) de Sorriso esteve lotado neste sábado na audiência pública que discutiu o Zoneamento Socioeconômico Ecológico de Mato Grosso. A sociedade civil organizada compareceu em massa para debater a influência das regras do zoneamento na região de planejamento do pólo de Sorriso, que compreende os municípios de Ipiranga do Norte, Itanhangá, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tapurah, Sorriso, Santa Rita do Trivelato e Nova Ubiratã. A região será classificada como área consolidada – categoria 1 pelo fato que agrega um grande centro de atividades em plena consolidação socioeconômica, assim como os outros seis municípios. Os aspectos da região compreendem todas as categorias: áreas com estrutura produtiva consolidada ou a consolidar; áreas que requerem readequação dos sistemas de manejo; áreas que requerem manejos específicos e áreas protegidas.
O presidente da Assembleia, José Riva defendeu aos pequenos produtores e assentados, a possibilidade de produzirem na totalidade de suas áreas, pois segundo ele, é impraticável preservar 80% e sobreviver com apenas 20%. O prefeito Chicão Bedin (PMDB) afirmou que a Assembleia e o Governo dão um grande passo para a consolidação do desenvolvimento sustentado. “Somos parte integrante desta proposta por entender que o zoneamento é mais que importante não apenas para Sorriso, mais para a sociedade que aqui vive e que depende de um futuro seguro”, finalizou.
O relator, deputado Alexandre César (PT), conta que as propostas apresentadas nos seminários técnicos serão avaliadas para a confecção do relatório. “Os seminários foram muito proveitosos, quase todas as propostas sugeridas nos grupos foram aprovadas em consenso. Nós vamos estudá-las”. César ainda afirma que a Comissão fará os ajustes e adequações necessários ao Projeto, desde que haja justificativas técnicas para isso.
Para o presidente da comissão, deputado Dilceu Dal’Bosco (DEM), o resultado positivo deve-se também às reuniões prévias realizadas nos municípios que compõe a região de Planejamento X. “Eu viajei município por município para esclarecer dúvidas, desmistificar conceitos e apresentar o Zoneamento com suas diretrizes e propostas”.
Os próximos encontros acontecerão em Juara (28, 29 e 30), Sinop (04, 05 e 06 de junho), Juína (18, 19 e 20) e Cuiabá (24, 25 e 26). A conclusão do relatório final está prevista para até 17 de julho próximo quando se inicia o prazo para tramitação e aprovação, na Assembléia, do projeto de lei que trata do Zoneamento.
O Zoneamento Socioeconômico Ecológico é um instrumento político e técnico de gestão que orientará a política de planejamento e ordenamento sustentável de Mato Grosso. O Projeto visa planejar de forma integrada e participativa atividades sociais, econômicas e ambientais; orientar o uso sustentável dos recursos naturais; e, fomentar a melhoria das condições de vida da população. Em virtude desses três objetivos, o Projeto faz justiça ao seu nome e interfere diretamente nas esferas: social, econômica e ambiental.
Essa proposta de Zoneamento tem como base estudos da realidade mato-grossense em seus diversos aspectos dos meios físico, biótico e socioeconômico em escala suficiente para identificar potencialidades e vulnerabilidades e, com isso, definir o uso mais correto para os diversos ambientes que compõem o Estado de Mato Grosso.