O Pronto Atendimento está lotado e a falta de leitos faz com que pacientes fiquem esperando atendimento em camas nos corredores, por falta de espaço nas enfermarias. Alguns medicamentos específicos também estão faltando. A constatação foi feita por vereadores que foram, ontem, ao PA após receberem reclamações de moradores. Por 3 horas, cinco parlamentares percorreram a unidade, conversaram com pacientes e médicos. Uma mulher, por exemplo, estava em uma maca no corredor aguardando atendimento. Um homem recebia soro e medicação em pé. Na recepção havia cerca de 80 pessoas esperando atendimento – muitas delas há horas “na fila”. De acordo com médicos, faltam remédios específicos para tratamento adequado a determinados casos. Desde janeiro, dois médicos que estavam na direção do PA pediram demissão.
Uma das principais deficiências na saúde pública em Sinop é a falta de vagas nos hospitais credenciados pelo SUS para onde são encaminhadas as pessoas que recebem os primeiros socorros no Pronto Atendimento. O problema se arrasta há alguns meses quando Sinop perdeu cerca de 25 leitos devido a decisão de um hospital de não atender mais pelo SUS. “A prefeitura pode muito bem viabilizar 25 leitos no Santo Antônio, através da secretaria de Saúde e resolver uma parte considerável do problema, diminuindo o grande fluxo no PA. Quem tem força para resolver isso é o prefeito. O próprio secretário de Saúde, que tem bom trânsito na secretaria estadual, já poderia ter resolvido o problema”, criticou o vereador Francisco Junior, que é médico na rede pública. “Tá faltando mais firmeza, priorizar a saúde, desafogar o Pronto Atendimento”, acrescentou, em entrevista ao Só Notícias.
O Hospital Santo Antônio tem 65 leitos credenciados pelo SUS para pediatria e clínica geral. O PA tem 17 leitos para atendimentos provisórios. “Faz 5 meses que está administração está aí e a qualidade da saúde pública, tão prometida em campanha, não melhorou. Por que tanta demora em abrir o hospital municipal”, questiona o vereador Fernando Assunção (PSDB) que esteve no PA juntamente com Hedvaldo Costa, Gilson de Oliveira e Remídio Kuntz, além do secretário de Saúde, Maurício Estrada.
Outro lado
Procurado por Só Notícias para responder as críticas e explicar as medidas que está tomando (?) para resolver o problema, o secretário Mauricio Estrada disse que vai se manifestar através da assessoria de imprensa da prefeitura. Quanto a lotação no PA, a assessoria informou que “apenas ontem foram atendidas 342 pacientes. Houve acúmulo de pessoas para atendimento e diversos casos graves que geraram demora para atender os demais”.