A renúncia da presidência e a desfiliação do ex-presidente do Partido dos Trabalhadores em Sinop Idalino Reginatto, oficializadas nesta semana, não deve enfrequecer ou desgastar a sigla. O entendimento é do presidente interino do diretório e secretário da Diversidade Cultural, Ozeas Veras. Ele disse, ao Só Notícias, que o partido já vivenciou experiências como estas, quando outros correligionários deixaram a sigla, a exemplo de Rui Farias e Vilmar Galvão, embora, neste período, o partido não estava no poder nem era alvo de críticas por casos de nepotismo.
“O PT tem tido, ao longo dos anos, uma capacidade de se reorganizar e cada que acontece uma situação como esta o partido tem se sobressaído com mais força no sentido de se reagrupar”, avaliou o dirigente, ponderando também que o processo deve fortalecer a sigla no município. “Cada um tem a liberdade de ir para onde quer, mas o PT continua. Este é o processo democrático”, pondera Veras
Ontem, Idalino Reginatto comunicou oficialmente sua saída do diretório por meio de uma carta enviada à central de jornalismo de Só Notícias. Ele havia sido suspenso da presidência desde o início do mês passado por uma comissão do próprio PT que o acusou de ‘infringir’ o artido 228 do estatuto do partido devido a criticas feitas a próprios companheiros da agremiação (secretários municipais que fazem parte do governo Juarez Costa) por terem empregados parentes. Para Ozeas, um dos alvos das críticas de Idalino, as medidas não refletem um diretório sem espaço para críticas dos próprios integrantes. “O PT tem seus espaços e suas instâncias. Dentro destas as discussões acontecem de forma muito freqüente. Não pode é as discussões internas tomarem uma dimensão sem que antes tenham se resolvido no partido e é isto que vinha acontecendo”, argumenta.
Segundo as diretrizes do partido, Veras deve continuar respondendo pela presidência por até 90 dias quando o diretório deve se definir em realizar novo processo sucessório ou mantê-lo na função.