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Cuiabá: 68% não confiam em políticos, aponta pesquisa

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Pode ser governador, senador, deputado federal, deputado estadual, vereador ou ocupante de cargo público em alto escalão, não importa: freqüentou o noticiário político já causa desgosto. Rejeição pura! Pesquisa realizada pelo Instituto Vetor dentro do projeto “Nossa Casa” mostra que hoje, quase 70% – precisamente 68% – dos chefes de família que moram em Cuiabá dizem claramente não confiar nos políticos. Uma situação lamentável se levar em consideração que é da política que sai até o preço de uma caixa de fósforo e a forma como o cidadão é atendido no posto de saúde. Os números, colhidos no final de março, foram divulgados nesta quinta-feira.

Os dados do Instituto Vetor tomam grau mais impressionante se for levado em consideração que essa situação não é nova. O desgaste político já vem de longa data. Em 2003, quando o primeiro levantamento do projeto tratou do assunto encontrou números ainda mais drásticos – tanto quanto agora. Naquele levantamento, 77,2% diziam não confiar nos políticos. Em 2005, houve uma queda nesse quesito, mas nada para se comemorar, ficando em 66%. Há dois anos, a rejeição se estabilizou alta, em 68%, oscilando dentro da margem de erro.

O que mostra que os políticos vão de mal a pior perante a sociedade pode ser medido em outro indicador: os que confiam totalmente. É impressionante: só uma vez, em 2005, passou a casa de 2%. No atual levantamento, a média foi mantida com 1,2% dizendo que confiam totalmente nos políticos. Pouco demais! Muito pouco mesmo. Os que confiam parcialmente, a exemplo da pesquisa de 2005, ficou no patamar de 30%. Isto é, se se juntar os que confiam totalmente e os que confiam parcialmente, o valor dá uma aliviada básica, totalizando 31,2%. Alivia porque não é mole o que a classe política como um toda anda aprontando, com seus representantes sendo constantemente flagrados em atos de pura delinqüência diante da coisa pública.

Os políticos, de acordo com a pesquisa, ocupam a posição de baixo grau de confiabilidade. É o pior grupo em desempenho. Perde até, no conjunto, para a Câmara Municipal – que, a rigor, deve ter contribuído em escala abissal para deterioração da opinião pública sobre os políticos. Em Cuiabá, o Legislativo é protagonista de escândalos financeiros e patrocinadora de presepadas capazes de fazer inveja aos integrantes coloridos do picadeiro de um circo. Vide o caso envolvendo um vereador, flagrado em ato libidinoso com um travesti menor, na qual se comprovou a tentativa de corromper os policiais. Hoje, poucas almas vivas acreditam que ainda dê em alguma coisa para o dito.

Numa escala menor que a Câmara, o desgaste da classe política também pode ser interpretado pela credibilidade do Governo do Estado, Congresso Nacional, Prefeitura Municipal e Assembléia Legislativa, respectivamente, pela ordem. Todas estão classificadas pela pesquisa como grau de confiabilidade médio, mas nas ultimas colocações. O grau de confiabilidade do Legislativo Estadual, por exemplo, é de 51% – somados os que confiam muito e os que confiam parcialmente. O Governo do Estado apresentou um índice de 58%, na outra ponta. A Prefeitura de Cuiabá tem índice de confiabilidade praticamente igual da Assembléia Legislativa.

Ainda classificados como médio estão: Imprensa local, com 79,4%; Procon, com 76,5%; ONGs, com 71,6%; Ministério Público, com 70,8%; Poder Judiciario, com 70%; Governo Federal, com 65,3%; Associação de bairros, com 62,2%; Polícia, com 60% e empresários, com 58,8%. Desse grupo de confiabilidade em grau médio, há cinco destaques: AL, que passou de 49,2% para 51% entre a pesquisa deste ano e a anterior, em 2007; Congresso Nacional, que, mesmo com vários escândalos, como sanguessugas, mensalão e agência de viagens, etc, subiu de 47,4 para 52,1%; associação de bairro, que avançou exatos 9 pontos percentuais; Poder Judiciário, com 8% a mais; e, por fim, o MP, que tinha 67,6% e foi para 70,8%.

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