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Alta Floresta: vereador critica classificação do pólo no projeto de zoneamento

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O primeiro secretário da câmara Francisco Militão está preocupado com os rumos que o Zoneamento Socioeconômico pode trazer para o polo regional de Alta Floresta. Militão acha estranha a divergência existente na classificação do polo. Isso porque, no zoneamento do governo federal, feito pelo ministério do Meio Ambiente, Alta Floresta é categoria 1. O governo de Mato Grosso classifica de categoria 2. Na 1, do Zoneamento o polo é considerado região já consolidada ou a consolidar, necessitando apenas recuperar ou reordenar áreas. A categoria 2 estipula que é considerada área que requerem readequação dos sistemas de manejo.

“Se o projeto de zoneamento for aprovado dessa forma, seremos considerados grandes desmatadores de floresta, porque no início da colonização era permitido o desmate de 50% de área, agora com esse novo projeto o desmate será de 20%, teremos que preservar 80% da área do nosso município, e isso seria inviável para a região.
Por isso, precisamos chamar a atenção da sociedade civil organizada, dos políticos, e principalmente da Assembleia Legislativa que queremos a categoria 1 para o polo de Alta Floresta, porque somos uma região consolidada com a pecuária. “Nós temos nossa atividade rural já consolidada, e o governo do Estado não está preocupado com o desenvolvimento do Norte do Mato Grosso”, diz Militão.

O polo de Alta Floresta compreende 15 municípios e foi excluído das áreas consolidadas do Estado de Mato Grosso. Dentro dos mapas, foram inseridos Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde, municípios produtores de grãos. “Estão esquecendo que a nossa região, é a maior produtora de rebanho bovino. Se não defendermos uma série de mudanças, poderão inviabilizar economicamente nossa região, observa Militão. “Isso mostra a despreocupação do governo do Estado com a região Norte do Mato Grosso, ele só beneficiou a região de seu interesse que é produtora de grãos. A aprovação desse projeto de Zoneamento Socioeconômico Ecológico do Estado de Mato Grosso será um retrocesso para o polo de Alta Floresta. “Nós temos que lutar, porque o governo não irá nos auxiliar nisso” conclui Militão.

CODAM – O Codam (Conselho para o Desenvolvimento da Amazônia) é um grande defensor da região, pela mudança de categoria para o Norte do Mato Grosso. De acordo com o presidente do Codam, o advogado Sandro Sicuto. “É necessário uma mobilização grande, para a mudança de categoria, porque se o Zoneamento for aprovado dessa forma, nossa região pode até deixar de receber investimentos do governo. Nós iremos retroceder dessa forma”, diz Sandro.

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