O presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores, Idalino Reginatto, continua afastado do comando da sigla. No início do mês ele foi suspenso provisoriamente por prazo não superior a 60 dias, por uma comissão do próprio PT, que o acusou de ‘infringir’ o artigo 228 do estatuto do partido devido a crítica feitas, em entrevista ao Só Notícias e outros órgãos de comunicação, a secretários municipais petistas por casos de nepotismo. “Não cometi crime nenhum e estou confiante quanto ao resultado [favorável]”, acrescentou o petista. Reginatto diz ter consciência que as ‘crises internas’ mancham a imagem do PT no município. No entanto, arguementa que sua decisão teve como objetivo “prestar um esclarecimento à sociedade”, defende-se.
O artigo que a comissão usou para punir o presidente prevê que, “havendo fortes indícios de violação de dispositivos pertinentes à disciplina e à fidelidade partidária passíveis de repercussão prejudicial ao partido em nível estadual ou nacional ou em casos de urgência, quando o representado poderá frustrar o regular processo ético; ou quando a demora puder tornar a aplicação da penalidade ineficaz”, medidas podem ser tomadas. O caso veio à tona pouco tempo após o presidente afastado divulgar nota criticando dois secretários petistas – Ozeas Veras e Tadeu Azevedo – por empregarem parentes na prefeitura, que acabaram sendo demitidos posteriormente pelo prefeito.
As críticas também foram estendidas ao vice-prefeito Aumeri Carlos Bampi, que posteriormente, rebateu-as. “Todas as decisões tomadas nas secretarias foram individuais. É notório que o partido não foi chamado para discutir”, disse Idalino, ao Só Notícias.