O deputado estadual Ademir Brunetto (PT), vice-líder do Governo na Assembléia Legislativa, engrossou nesta quarta-feira o grupo dos insatisfeitos com a situação da saúde pública em Mato Grosso. Ele fez um duro ataque ao Governo. Foi incisivo: “A saúde está um caos”. Ele assegurou que é preciso que o Estado retome os casos de alta e média complexidades. “Não vou deixar de reclamar e que o governo mude esse tipo de gestão” – ele adiantou.
Outro governista, o deputado Walace Gumarães (DEM) afirmou que os municípios mato-grossenses não têm o orçamento financeiro suficientes para atender os atendimentos de baixa complexidade. Segundo ele, muitos hospitais vão fechar as portas. “Infelizmente o custo é alto. Os municípios e os hospitais não sobrevivem, se não tiver a parceria com o governo estadual, com isso, a população ficará a mercê da sorte” – explicou.Para Wallace, o Estado não pode fugir dessa responsabilidade.
Na semana passada, o deputado Airton Português também manifestou preocupação com o crescente número de pacientes que são encaminhados de Cáceres para tratamentos de saúde em Cuiabá. Ele solicitou ao Executivo Estadual a aquisição de mais uma ambulância, devidamente equipada para o transporte de pacientes para atendimento da população de Cáceres.
Quem também falou de crise nesta quarta-feira foi o deputado Percival Muniz (PPS) fala nesse momento da crise do setor agropecuário em Mato Grosso. Para Muniz, a crise no setor pecuário mato-grossense não é de oferta e nem de demanda, mas de um gargalo de dificuldades de os frigoríficos exportarem à produção. Hoje, segundo o parlamentar,o crédito para financiar os produtores está escasso.
De acordo com o parlamentar, Mato Grosso sabia da crise, mas dormiu em berço esplêndido. O govenador Blairo Maggi (PR), deveria ser mais ativo nessa questão, porque o Estado tem 30% de sua economia baseada na pecuaria. “Graças a Deus não temos problemas na agricultura”, destacou o parlamentar.