O prefeito Juarez Costa rebateu, hoje de manhã, em entrevista coletiva, as denúncias feitas pelo ex-coordenador de projetos da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Clayton Arantes, que trabalhou cerca de 40 dias em seu governo, sobre supostos funcionários fantasmas – que estariam recebendo sem trabalhar. Juarez afirmou que não há “um fundo de realidade” nas acusações e criticou o ex-coordenador. “O cheque que ele disse que doou para três entidades foi depositado em uma conta no Mato Grosso do Sul, talvez de uma dívida que ele tenha saldado, mas é um elemento que não tem moral, não tem estirpe para falar, não só do secretário, não só da secretaria, principalmente, do prefeito e da prefeitura. Não tem moral para isso e tem que respeitar”, disparou o prefeito. Após ter pedido demissão, o ex-coordenador fez as denúncias ao Ministério Público e disse que doaria o salário que recebeu para entidades. “Se alguém ia pouco na secretaria e não gostava de trabalhar e que quando ia só arrumava confusão era ele”, acrescentou Juarez. O prefeito havia convocado entrevista coletiva para falar sobre a visita do ministro Mangabeira Unger, mas anunciou que estava a disposição para tratar das acusações.
Juarez aponta que todas as contratações de comissionados realizadas pela Secretaria de Meio Ambiente foram feitas com base na “capacidade técnica”. O prefeito descartou ainda o suposto nepotismo cruzado também denunciado pelo ex-coordenador. “São poderes independentes, Judiciário, Executivo e Legislativo. Se alguém de lá pediu para colocar aqui a esposa que tem uma formação, que pode contribuir em determinada área, a lei permite até que a lei prove o contrário, estamos aceitando. Fizemos consulta e respeitamos a lei, a partir do momento que for mostrado que a lei não permite esse tipo de coisa nós seremos os primeiros a tomar providências”, afirmou.
Outro lado
Procurado por Só Notícias, o ex-coordenador Clayton Arantes classificou como ‘infundadas’ as acusações feitas pelo prefeito Juarez Costa. Disse ainda que na próxima semana advogados devem acionar a Justiça em uma ação por calúnia, difamação, danos morais. “Quem é o prefeito para dizer se uma pessoa tem ou não moral ? Eu sou produtor rural há 12 anos na região e tenho dívidas junto ao Banco do Brasil, dívidas que desde 2005 estão em litígio. São ações cíveis e não criminais. Eu devo mas o meu patrimonio é superior ao valor das dívidas”, defendeu-se.
“Não são estas alegações que o prefeito está fazendo que irão me intimidar. Já havia antecipado toda a estratégia. O prefeito está jogando pocker e eu xadrez”, acusa.
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