A direção do PP de Cuiabá deverá rejeitar a oferta do prefeito Wilson Santos (PSDB) e não indicará nenhum filiado para ocupar secretarias municipais. A decisão é defendida por dirigentes pepistas como o presidente da Câmara de Vereadores, Deucimar Silva.
Deucimar alega que o partido terá mais liberdade para atuar na Câmara se não aceitar a oferta. A mesma posição é defendida pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, o maior líder do PP de Mato Grosso na atualidade.
“Pessoalmente, eu defendo não indicar ninguém. Essa posição nos dá maior independência para trabalhar. Não significa dizer que vamos ser oposição. Pelo contrário, o que for bom para Cuiabá terá nosso apoio. Além do mais, não acredito que o prefeito vá enviar para cá nada que não seja bom à cidade”, pondera Deucimar.
De acordo com o secretário municipal de Governo, Osvaldo Sobrinho (PTB), um grupo de emissários do prefeito deve se reunir com a bancada pepista no Legislativo entre segunda e terça-feira para discutir novamente a união. Ao PP foi oferecida na semana passada a Agência de Habitação, cargo que a legenda rejeitou primeiramente antes de se reaproximar de Wilson Santos.
Apesar da discussão estar bem avançada, os dois lados negam que a discussão de apoio dependa diretamente da indicação para cargos no staff. Osvaldo Sobrinho prefere ser cauteloso e ressalta que a adesão do PP é importante principalmente porque a sigla conta com o ministro das Cidades, Márcio Fortes, que poderá ajudar a Capital através de projetos na área de regularização fundiária.
O prefeito Wilson Santos tem dedicado atenção especial à articulação com o Legislativo porque, além dos três vereadores do PP, os parlamentares do PRTB, PDT e PPS também caminham para uma atuação independente, o que pode dificultar a governabilidade e qualquer projeto tucano com vistas à eleição de 2010.