Os prefeitos de 19 municípios mato-grossenses que mais desmataram florestas (dentre eles Alta Floresta, Ariupanã, Brasnorte, Colniza, Marcelândia, Nova Ubiratã e Peixoto de Azevedo) reuniram-se hoje, em Brasília, com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc e ouviram dele que, se houve empenho e adotarem o plano de ação coordenada para recuperação ambiental, seus municípios podem sair da lista negra dos maiores desmatadores – 36 ao todo no país. Os donos de áreas nestes municípios encontram dificuldades e restrições de créditos para atividades agrícolas e pecuárias por conta do desmatamentos.
Mas os prefeitos não ficaram só ouvindo as propostas e cobraram contrapartida do governo federal. O prefeito de Nova Ubiratã, Osmar Rossetto (PT) – o Chiquinho-, queixou-se que não tem apoio do governo nas ações necessárias para conter os avanços do desmatamento na região. Ubiratã teve o maior aumento na área desmatada, que foi de 618% , segundo os dados do Ministério do Meio Ambiente, informa a Folha de São Paulo. “Até agora só teve repressão, desenvolvimento sustentável é só discurso. Para nós já está cansativo”, disse ele o prefeito mato-grossenses.
Minc apresentou uma série de imagens aéreas feitas pela Diretoria de Política de Combate ao Desmatamento, ligada ao Ministério do Meio Ambiente, sobre as áreas desmatadas. As imagens foram feitas no período de março a dezembro de 2008 –quando foram vistoriadas 800 mil km2 e foram gastos cerca de R$ 3,7 milhões.