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Nova articulação seria para PR apoiar Silval e Pagot ser ministro

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Um encontro do Partido da República, no próximo dia 7, na cidade agrícola de Sapezal, no médio-oeste de Mato Grosso, deverá marcar o fim da curta campanha do economista Luís Antônio Pagot, como pré-candidato a governador do Estado para as eleições do ano que vem. Republicanos já admitem que a baixa densidade eleitoral do atual diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT) está forçando a sigla a buscar um novo rumo, qual seja, apoiar o nome do vice-governador Silval Barbosa (PMDB). Garantem que mais dia menos dia o nome de Silval Barbosa deve ser confirmado para receber o apoio do partido. “É só uma questão de tempo” – frisou uma alta fonte no começo da noite.

Para Pagot restará o esforço do governador Blairo Maggi para tentar fazê-lo ministro dos Transportes. Até o final do ano, Alfredo Nascimento deverá deixar o cargo para viabilizar sua candidatura a governador do Amazonas. A tendência é de que Pagot seja indicado pela ministra Dilma Rusself, da Casa Civil, que, por sua vez, articula sua indicação a presidente da República e vai precisar negociar o apoio político do governador Maggi, líder do agronegócio nacional. Nessa configuração, não está descartada a hipótese do governador de Mato Grosso até acabar como vice de Dilma. O futuro político de Maggi, no entanto, são outros quinhentos.

O apoio a Silval Barbosa não é, em verdade, o negócio político sonhado pelo governador. Maggi queria deixar no seu legado alguém bem mais próximo. O vice-governador, contudo, se encaixa bem no papel. As várias vezes que precisou sair para suas viagens internacionais, Silval cumpriu bem o papel de governador, de forma discreta. Ganhou muitos pontos. O vice tem a simpatia de vários segmentos republicanos, especialmente quando tentou buscar um entendimento que pudesse evitar maiores prejuízos para o grupo do governador na cidade de Rodonópolis, com a eleição do deputado oposicionista José Carlos do Patio.

Ao mesmo tempo, a candidatura do peemedebista enfraquece a sustentação da candidatura do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos. O tucano apostou muitas fichas no apoio do PMDB ao seu nome. Inclusive ajudando a naufragar a postulação do ex-governador Rogério Salles, que queria voltar a ser prefeito de Rondonópolis. Santos apoiou Pátio, que prometeu, por sua vez, já eleito, ajudar a eleger Wilson governador. Na principal base eleitoral do governador, o prefeito pode acabar isolado. Vale lembrar que Pátio é fato novo no processo político, já que derrotou o candidato de Maggi na sua própria casa. Seja como for, a candidatura de Silval, deixa o PMDB com um “nó cego de cadarço molhado” para desatar.

A possibilidade de o PMDB ter candidato a governador, a rigor, causa comoção dentro do partido. Há anos que o chamado “velho MDB de guerra” vem se constituindo apenas em coadjuvante. Sob o comando do deputado federal Carlos Bezerra, considerado um dos últimos “caciques” da política estadual, o partido foi de um lado para outro: ajudou a eleger Dante de Oliveira governador e “afundou” politicamente ao apoiar o projeto de Júlio Campos voltar ao Governo do Estado. Há algum tempo, o governador Maggi ensaia colocar a ala liderada por Bezerra dentro do Governo, negociando, inclusive, uma secretaria.

O “nó cego” fica ainda mais apertado para o PMDB diante da disposição da bancada na Assembléia Legislativa. Sem Pátio, que tirou “carteirinha de opositor renitente”, a sigla está maleável com as coisas do Palácio Paiaguás . Especialmente depois que o governador ajudou a eleger Juarez Costa prefeito de Sinop, cidade do Norte do Estado.

No ano passado, ainda com Pátio e Juarez na ativa, a bancada do PMDB no Legislativo,formada também por Adalto de Freitas Filho e Nilson Santos defenderam que o partido tenha candidatura própria nas eleições de 2010. “O partido se reergueu na última eleição e, prova disso tudo foi o trabalho da militância”, lembrou o deputado Adalto, se referindo as vitórias de Pátio, Juarez Costa, e também de Chicão Bedin, em Sorriso. “Depois dos resultados alcançados em 2008, não podemos deixar de pensar numa candidatura própria para as eleições de 2010” – emendou o deputado.

O próprio presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra também não descartou a hipótese da legenda lançar candidatura própria em 2010. Bezerra disse ainda que em 2008, o PMDB foi prejudicado pela ação do Governo Federal em vários municípios, mas não pretende comprar brigas com demais partidos. “Não vamos para a retaliação, estamos abertos para negociar com outros partidos” – disse ele na ocasião. A chance é agora!

Ao mesmo tempo em que o encontro do dia 7 marcará a despedida de Pagot da corrida sucessória, deverá também, por tabela, jogar por terra as tênues pretensões do deputado estadual Sérgio Ricardo, de ser candidato ao Governo. Nos últimos dias vivendo o período de presidente da Assembléia Legislativa,Sérgio Ricardo voltou a insinuar o desejo de disputar a indicação. A pretensão do parlamentar sempre soou estranho para os republicanos da ala mais próxima do governador. Nesta segunda-feira, Sérgio Ricardo propagou o apoio do senador Jaime Campos (DEM) ao seu nome candidato do PR. Estranho, não? Basta lembrar que o senador democrata praticamente integra o grupo restrito de discussão da candidatura de Wilson Santos a governador, num acordo estrutural entre DEM e PSDB para as duas próximas eleições, baseando-se no fato de fim da reeleição.

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