O vereador Dida Pires (PPS) foi empossado, esta tarde, na presidência da câmara, amparado em mandado de segurança concedido pela juíza Milena Ramos de Lima. Ele disputou a eleição, no último dia 1º, com o vereador Charles Medeiros (PR) e a votação acabou empatada em 5 a 5. Conforme Só Notícias informou, Charles estava presidindo a sessão (por ter sido o mais votado) e proclamou sua chapa vencedora por discordar da mudança que havia sido feita no regimento interno sobre o critério de desempate, estabelecendo que o vereador com maior número de mandatos seja o presidente e não o mais velho. A mudança foi feita pouco antes das eleições. A decisão judicial considerou que a decisão de Charles não foi correta e ele deixou a presidência da câmara, embora deva recorrer da decisão.
O presidente Dida Pires anunciou, agora há pouco, ao Só Notícias, que fará auditoria na câmara porque recebeu a confirmação “da existência de diversos cheques sem fundos emitidos pela mesa diretora anterior e que as dívidas com folha de pagamento, INSS, FGTS e previdência municipal (Impreaf) ultrapassam os R$ 250 mil”. Ele vai requerer oficialmente ao banco cópias dos cheques que teriam sido devolvidos por falta de fundos na conta do legislativo e quer uma apuração detalhada.
“Hoje, na câmara, não encontramos documentos contábeis e se os responsáveis, da gestão anterior do ex-presidente Paulo Florêncio não devolverem até amanhã (3ª feira), vamos acionar a polícia. É simplesmente um absurdo a situação financeira e administrativa da câmara. Vou conversar com a mesa diretora para fazermos a auditoria o quanto antes e comunicaremos o Tribunal de Contas de Mato Grosso do que está ocorrendo”, afirmou.
Dida, que é da base aliada da prefeita Maria Izaura (PDT), deve se reunir com o vice-presidente e os secretários da mesa ainda esta semana.