Levantamento realizado pelo Congresso em Foco aponta que 1.258 servidores que ocupam cargos de confiança nos gabinetes de 37 senadores que não se reelegeram em outubro serão exonerados. Como Gilberto Goellner (DEM) e Serys Slhessarenko (PT) deixarão os cargos no próximo dia 31 de janeiro, 69 funcionários da confiança nomeados por eles deverão deixar as funções também.
De acordo com o levantamento, a petista conta com o serviço de um total de 50 assessores. 45 estão lotados em seu gabinete, sendo 18 em Brasília e outros 27 trabalhando no Estado. Serys ainda conta com outros cinco assessores “extras” que a auxiliam nos trabalhos como segunda vice-presidente. Já o Democrata, tem a sua disposição 19 assessores. Destes, dez estão lotados em seu gabinete em Brasília e outros nove em Mato Grosso.
No entanto, não significa que estas pessoas deixarão o Senado, pois muitos são indicações políticas e podem voltar a trabalhar com outros políticos. O terceiro senador por Mato Grosso é o democrata Jaime Campos que tem ainda mais quatro anos de mandato.
Goellner, que assumiu a cadeira de titular devido ao falecimento do então senador Jonas Pinheiro, decidiu não disputar a reeleição e em seu lugar o partido lançou a candidatura do médico sinopense Jorge Yanai. Já Serys não teve a chance de concorrer a reeleição após perder a prévia do partido para seu companheiro de partido e deputado federal, Carlos Abicalil. Com a vitória, Abicalil concorreu ao Senado e Serys acabou forçada a concorrer a Câmara Federal. Abicalil acabou ficando em terceiro lugar, perdendo para Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT), enquanto a futura ex-senadora amarga a primeira suplência de deputada federal.
Segundo o Congresso em Foco, estes funcionários ganham salários entre R$ 1,5 mil a R$ 11,3 mil. Cada senador tem até R$ 100 mil por mês para gastar com a contratação de assessores, os chamados funcionários comissionados de confiança. Quase a metade destes assessores está lotada nos estados de origem dos senadores e não em Brasília.
A pesquisa não levou em conta os cargos de confiança dos gabinetes das lideranças nem os cargos comissionados da Presidência, da 2ª Secretaria e da 3ª suplência da Mesa Diretora. Haverá eleição para todos esses postos em fevereiro. Mas os senadores responsáveis por eles continuarão no mandato e poderão tentar a reeleição.