O candidato do PSB derrotado na disputa ao governo do Estado, empresário Mauro Mendes (PSB), deverá nos próximos dias quitar a dívida de campanha, orçada em R$ 9,498 milhões. Com isso, o partido dele nem assumirá a dívida como fazem tradicionalmente as legendas.
Os números ainda não foram fechados, já que os credores têm sido pagos desde a eleição de 3 de outubro após negociações individualizadas. De acordo com o coordenador jurídico da campanha de Mauro, advogado Paulo Taques, o objetivo é quitar todos os débitos antes mesmo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgar a prestação de contas da campanha, o que ocorrerá após o recesso forense que se estende até 6 de janeiro.
Como Mauro não foi eleito, o TRE ainda não agendou o julgamento da prestação de contas do candidato do PSB que quase levou a disputa pelo governo para o segundo turno. O empresário admitiu à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 3.078.754,14 e gasto R$ 12.577.546,01. As despesas se referem principalmente à contratação de cabos eleitorais, transporte e publicidade.
Mauro é o único candidato ao governo que deixou dívidas. O governador reeleito Silval Barbosa (PMDB) admitiu ter gasto e arrecadado R$ 21.278.254,54. A prestação de contas dele está sob análise do relator do processo, juiz federal César Bearsi. Os candidatos Wilson Santos (PSDB) e Marcos Magno (Psol) também disseram o mesmo.
Se Mauro não quitar a dívida até o TRE julgar a prestação de contas, ele terá que repassar a sobra para o PSB, já que o CNPJ da campanha irá expirar. Assim fez o PT na campanha de 2004, quando Alexandre Cesar foi derrotado na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. Até hoje a sigla arca com os débitos.