Em princípio já está acertado que o PT vai assumir a Secretaria de Educação, porém, o nome a ser confirmado depende das negociações em curso mantidas em Brasília a respeito dos cargos de segundo escalão que serão ocupados na gestão da presidente Dilma Rousseff. O deputado federal Carlos Abicalil, que estará sem mandato a partir de 2011, é um dos nomes cotados, mas o Estado ainda insiste em inseri-lo em alguma ocupação no governo federal. O nome mais provável seria de Alexandre César.
"Estamos nos articulando até o último momento para que Abicalil permaneça em Brasília lutando pelos interesses de Mato Grosso. É um nome respeitado que favorecerá muito o Estado", revelou Silval. O petista é sondado para assumir o Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) ou algum cargo no Ministério das Relações Institucionais.
O desembargador aposentado Paulo Lessa é cotado para assumir a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, cargo considerado técnico e sem influência política. Por outro lado, o PP alimenta a esperança de responder pelas pastas de Esportes e Lazer e Ciência e Tecnologia. O deputado estadual José Domingos Fraga tem a simpatia da cúpula do Palácio Paiaguás para ser nomeado secretário de Desenvolvimento Rural numa estratégia que é atrair o DEM para eliminar qualquer possibilidade de oposição na Assembleia Legislativa. Embora tenha pertencido à base aliada do governo Blairo Maggi (PR), na eleição de outubro o DEM seguiu a orientação nacional e aliou-se ao PSDB para apoiar a candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, ao governo do Estado. A pasta de Pavimentação Urbana, que vai ter as mesmas atribuições da extinta Secretaria de Infraestrutura, deve pertencer a Nilton de Brito, que é ligado a Luiz Antônio Pagot.