O Ministério do Meio Ambiente publicou no Diário Oficial da União, que circula hoje, portarias de 28 técnicos e analistas ambientais demitidos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Todos são acusados de participarem de fraudes ambientais que culminou com em prisões durante a operação Curupira, deflagrada em 2005 no Nortão de Mato Grosso. As portarias são assinadas pela ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira.
Consta que os servidores foram demitidos “por valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública e improbidade administrativa”. Entre os demitidos está o nome do técnico ambiental José Carlos Mendes. Conforme Só Notícias já informou, em novembro do ano passado, ele foi condenado pela justiça federal a oito anos e dez meses de reclusão, em regime fechado, “perdendo” bens e valor mínimo de reparação de R$ 150 mil.
Já o ex-gerente estadual do Ibama Hugo José Werle teve a exoneração convertida em destituição de cargo em comissão. Antes, havia sido exonerado por “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem em detrimento da dignidade da função pública e improbidade administrativa”. Já na esfera federal, Werle foi absolvido pelos crimes contra o meio ambiente, formação de quadrilha e crimes contra a paz.
A operação Curupira foi deflagrada pela Polícia Federal em junho do ano de 2005 e levou à prisão o então presidente da extinta Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema), hoje Sema, Moacir Pires. Considerada a primeira grande operação ambiental em Mato Grosso, a “Curupira” mostrou o surgimento de um conjunto de exploradores ilegais de madeira. Por causa da ação, o Ibama do Estado sofreu intervenção federal com mais de 60 funcionários presos, além da detenção de quase 160 madeireiros, de 600 empresas.
Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs) tiveram as emissões suspensas por 1 mês.
(Atualizada às 15h28)