O presidente da câmara, vereador Dida Pires (PPS), prestou contas na sessão ordinária de hoje de sua gestão, que estão terminando, referente ao biênio de 2009/10, com objetivo de mostrar para a população e parlamentares a forma como o erário público foi tratado nesse período. “Encontramos muitos problemas de ordem financeira e burocrática. Em janeiro de 2009, foi uma situação complicada, sem infraestrutura e falta de equipamentos necessários para os trabalhos da câmara. Fizemos os investimentos necessários, e o presidente eleito encontrará uma câmara diferente da que encontrei, e acredito que fará um bom trabalho”, disse.
Dida lembrou que sua primeira ação foi contratar auditoria interna, que apontou irregularidades como a emissão de cheques compensados sem origem de débitos no valor de R$ 251,5 mil entre os meses de agosto a dezembro de 2008, sem empenho de notas fiscais. Além da emissão de cheques sem suficiente provisão fundos, que chegam a R$ 158,1 mil. Disse que a obra da garagem que foi superfaturada em R$ 154 mil, o relatório técnico de um engenheiro apontou que com R$ 25 mil a obra teria sido realizada, entre outros problemas, ressaltou Dida Pires.
O presidente explicou ainda que o “ex-presidente deixou uma dívida de R$ 243, 5 mil e, desse total, já foram pagos R$ 181, 4 mil. O saldo atual de restos a pagar referentes a 2008 é de R$ 62 mil esse valor não pode ser pago, pois faltam documentos ou notas fiscais que comprovem a prestação de serviços para a câmara. Até mesmo por orientação esses valores não puderam ser pagos”, diz. “Pagamos também R$ 25 mil de consignações dos servidores, onde o valor era descontado do salário dos funcionários, mas o ex-presidente não efetuava os pagamentos aos bancos, a dívida era de R$ 35 mil, e após negociação, conseguimos economizar R$ 10 mil, além de tirar o nome dos servidores do Serasa, por conta da dívida do empréstimo com desconto em folha de pagamento.”
Os investimentos realizados na atual legislatura somente em bens permanentes como mesas, cadeiras, armários, computadores, equipamento para a mesa de som, ventiladores, equipamentos de ar-condicionado, dentre outros foram de R$ 164,6 mil, R$ 12,6 mil, R$ 8, 758 mil (em capacitação de servidores). “Esses investimentos foram
necessários para melhorar a infraestrutura dos vereadores, servidores e do público em geral”, frisa o presidente.
“Antes de encerramos o ano, iremos pagar ainda R$ 25 mil junto ao IPREAF (Instituto de Previdência de Alta Floresta), essa parcela vence no próximo dia 10 de janeiro. Então pagaremos esse valor, para que não fique remanescente e para que o presidente eleito Charles Miranda não necessite pedir adiantamento do duodécimo, e possa a partir do dia 20 fazer um bom trabalho e de forma independente, com as contas organizadas e sem problemas financeiros”, ponderou Dida Pires.