O escândalo envolvendo a assessora da senadora Serys Marly levou o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (PE), a pedir o afastamento da parlamentar de Mato Grosso da relatoria do OGU para 2011. O pedido, no entanto, não impediu a nomeação de Serys no cargo que tem como responsabilidade conduzir a destinação de recursos federais para o país inteiro no ano que vem.
“Não é possível que o governo não tenha um senador ficha limpa para ser relator do Orçamento”, afirmou Freire em nota divulgada no site do PPS na internet. O dirigente afirma que o pedido de demissão da funcionária da senadora Serys não encerra o caso e que a parlamentar governista também deve deixar o cargo para não comprometer os trabalhos da Comissão Mista de Orçamento.
“Que se encontre outro senador para o lugar desta senadora, senão contamina o Orçamento tanto quanto aconteceu com o relator anterior”, completa Freire. O dirigente do PPS chegou a culpar o presidente Lula por causa dos últimos escândalos envolvendo institutos. Alega que um veto dele facilitou a vida de quem assina emendas parlamentares para o uso fraudulento de verbas públicas em instituições, o que seria uma espécie de abrandamento das exigências para enviar dinheiro público para entidades privadas.
Defesa – O senador pelo DEM de Mato Grosso, Jaime Campos, saiu em defesa de Serys. Diz que, pelo que foi divulgado até o momento, a petista não em qualquer relação com irregularidades. “Nós parlamentares não podemos ser responsabilizados por tudo o que nossos assessores fazem fora do expediente. Por isso, ela já tomou as providências e exonerou como deveria ser feito”.