A defesa do ex-governador e senador eleito, Blairo Maggi (PR), admite representar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra os 5 promotores que pediram investigação contra ele por suposto envolvimento com superfaturamento do programa "Mato Grosso 100% Equipado". Alega que eles teriam usurpado a competência do procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra, ao iniciar a investigação do caso.
Responsável pela defesa de Maggi, o advogado Sebastião Monteiro afirmou ontem que o promotor Mauro Zaque teria acompanhado declaração do empresário Pérsio Briante em que foi citado o suposto envolvimento do ex-governador. "Nesse momento (24/06/2010), ele deveria ter encaminhado o caso ao procurador-geral. Ao invés disso, preferiu conduzir de forma ilegal um inquérito civil sem citar o então governador porque sabia que não poderia investigá-lo. Ao final de tudo, ele propôs duas ações civis públicas contra ex-secretários e pediu investigação."
Outro lado – Zaque diz estar tranquilo diante das declarações do advogado. "Só ao final da investigação entendemos ser necessário esse pedido em relação ao ex-governador. Além do mais, ele deveria ser o mais preocupado em ver isso esclarecido. Além do mais, se ficar comprovado o caráter protelatório de eventuais representações, quem as propôs vai responder judicialmente por isso".