Em despacho no último final de semana com os principais auxiliares, o prefeito de Cuiabá Chico Galindo (PTB) deu a determinação para que todos os esforços sejam no sentido garantir os recursos para o pagamento das três folhas de salário deste final de ano, ou seja, entre 10 de dezembro e 10 de janeiro de 2011, mais de R$ 70 milhões referente aos pagamentos de novembro, 13º salário e dezembro serão quitadas as mais de 13 mil servidores públicos municipais da Capital.
"Nossos esforços serão neste sentido. Isto não quer dizer que iremos virar as costas para os outros compromissos como fornecedores e serviços públicos, mas que iremos dar prioridade no pagamento do salário do funcionalismo" frisou Chico Galindo
O prefeito nos últimos dias foi surpreendido com decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinando seqüestro de R$ 10,3 milhões dos cofres públicos para pagamento de um precatório de 1993 de ação judicial do espólio de Clorinda Vieira de Matos. A dívida é referente a desapropriação em 1977 da área onde hoje se encontra o bairro Coophamil.
Durante todo o final de semana o prefeito passou estudando os números para saber como priorizar o pagamento e ver de onde se podem destinar receitas para o pagamento dos salários do funcionalismo público municipal já que nem todas as receitas municipais são aproveitadas no pagamento de salários.
Para se ter uma idéia em 2009 de repasses constitucionais da União, Cuiabá recebeu o total de R$ 160.821 milhões, sendo que no mês de dezembro o montante foi de R$ 18.824 milhões. Já em 2010, até outubro, portanto, faltando computar os meses de novembro e dezembro, Cuiabá já recebeu R$ 138,555 milhões, ou seja, R$ 22,266 milhões a menor do que no ano passado mas faltando dois meses a serem computados, e os últimos valores somaram mais de R$ 18 milhões.
"Tudo que estiver ao nosso alcance será destinado ao pagamento de salários, essa é a prioridade número um nossa, em que pese sabermos que existe toda uma população que deposita em nós confiança de que as coisas serão feitas como determina a lei, por isso trouxemos a público o problema com a ação", disse.