A possibilidade de o deputado estadual Guilherme Maluf ser nomeado Secretário de Estado de Saúde pelo governador Silval Barbosa (PMDB) não tem agradado a cúpula do PSDB. Embora não seja admitido publicamente, não está descartado medidas mais rígidas como providências no âmbito disciplinar se for aceita a proposta, que ganha cada vez mais força nos bastidores.
Presidente do diretório estadual, a deputada federal Thelma de Oliveira entende que é incompátivel neste momento a legenda integrar o primeiro escalão do Palácio Paiaguás. “Uma decisão que envolve um integrante do partido não pode ser tomada individualmente. A executiva estadual já sinalizou que será oposição e a vontade das bases deve permanecer”, afirmou.
Por outro lado, o vice-presidente do diretório estadual do PSDB, deputado federal eleito Nilson Leitão, entende que uma eventual nomeação de Maluf significa submeter a legenda aos interesses da cúpula do Palácio Paiaguás em detrimento dos projetos partidários idealizados pelo tucanato.
“Não há clima para uma aproximação com o governador Silval Barbosa. Durante toda a campanha questionamos o desempenho desta gestão à frente de serviços como saúde, educação e segurança pública e apresentamos propostas para construir uma nova alternativa. O que fico em dúvida é se a Secretária de Saúde vai servir para tocar projetos que o PSDB defende na saúde ou interesses do governo do Estado?”. O resultado da eleição também serve como fundamento para que o PSDB siga outro caminho no Estado que não seja a construção de uma aliança com o governo do Estado. “Oposição não é guerra, serve para debater ideias diferentes e viabilizar as melhores propostas. A população de Mato Grosso elegeu Silval Barbosa para governar e o PSDB para contrapor. É uma decisão da maioria que deve ser respeitada”.