Os promotores Gilberto Gomes, Célio Fúrio, Clóvis de Almeida Júnior, Gustavo Dantas Ferraz e Mauro Zaque encaminharam cópia do inquérito civil à Procuradoria Geral de Justiça para avaliar uma eventual participação do ex-governador e senador eleito, Blairo Maggi (PR), no “escândalo dos maquinários”. O procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho, que está no Rio Grande do Sul participando da reunião do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais, informou que iniciará a análise do caso na próxima semana.
“Nos parece impossível desvincular a sua conduta daqueles dos demais requeridos em momentos de considerável importância, a figura do então governador, Blairo Maggi, é mencionada e à qual se atribui condutas passiveis de serem apreciadas sob a ótica da improbidade”, afirma ofício assinado pelos promotores.
Conforme Só Notícias já informou, o promotor de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público Estadual (MPE), Mauro Zaque, ingressou com duas ações de civil pública nas quais pede a condenação por improbidade administrativa de Vilceu Marchetti e Geraldo De Vitto, ex-secretários de Estado de Infraestrutura e Administração, respectivamente. Os donos das empresas empresas que venderam os maquinários ao Estado também são citados na ação do promotor. Eles são acusados de serem os principais responsáveis pelo superfaturamento de R$ 44,4 milhões nas licitações do programa “Mato Grosso 100% Equipado”.
Nas ações, o promotor pede que todos os acusados tenham os bens bloqueados para que o dinheiro seja ressarcido ao erário público.
Outro lado – o ex-governador não se manifestou sobre o pedido dos promotores de Justiça. Ele ainda não havia sido citado no inquérito que se estendeu por mais de seis meses e foi conduzido pela Delegacia Fazendária, setor da Polícia Civil que apura crimes contra o patrimônio público. Quando ainda era governador, ele defendeu uma rigorosa investigação sobre o caso e a punição para os culpados.
(Atualizada às 07h50 27/10)