A vereadora cassada Mariuva Valentin Chaves (PMDB) teve a ação cautelar inominada, com pedido de liminar, indeferida pelo membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Samir Hammoud. Os advogados da vereadora entraram com a ação na semana passada e, agora, devem entrar com agravo para que a questão seja discutida no pleno do TRE. Com isso, Mariuva continua cassada e sem condições de recorrer, dentro do mandato, da decisão do juiz eleitoral Antônio Veloso Peleja Junior que determinou, no dia 10 desse mês, a cassação do mandato da vereadora, ao pagamento de uma multa de R$ 21,5 mil e ainda a inelegibilidade por oito anos, além da perda dos direitos políticos. O juiz da 45ª Zona Eleitoral determinou a cassação da vereadora acatando uma denúncia do Ministério Público Eleitoral de compra de votos protocolizada no final de 2008.
Na sentença, Peleja se baseia na ‘Operação Duas Caras", onde foi apreendida na casa do presidente da Unisal, Miguel Milane, dinheiro, material de campanha e lista de nomes de eleitores. O juiz também utilizou uma gravação telefônica de uma conversa de Mariuva com o deputado federal Carlos Bezerra para tomar a decisão.
Na semana passada, o presidente da Câmara de Vereadores foi notificado e chamou o suplente Milton Gomes da Costa, o Miltão, para o cargo. O suplente, inclusive, já pediu exoneração da função de secretário de Governo que ocupava na prefeitura e, tudo indica, que vai assinar o termo de posse ainda nesta sexta-feira. Porém, deve entrar com pedido de licença para que o segundo suplente, Valdir Corrêa, que é Secretário de Agricultura, assuma o cargo. Corrêa, que está se recuperando de um tratamento de saúde, também não deve assumir e o cargo deve ficar com o terceiro suplente, o médico Valteci Geraldo da Silva.