A Agência Estadual de Projetos da Copa 2014 (Agecopa), atendendo uma solicitação do governador Silval Barbosa, apresentou nesta segunda-feira todos os 28 projetos da Copa do Pantanal à bancada federal reunida na Sala de Reuniões Garcia Neto, no Palácio Paiaguás. O presidente interino da Agecopa, Yenês Magalhães disse que existia uma reclamação da bancada de Mato Grosso em não conhecer os projetos que serão executados. Após apresentação o governador reuniu-se com os deputados e senadores para fechar as emendas parlamentares a serem incorporadas ao Orçamento da União.
Dos 28 projetos, seis foram apresentados de forma pormenorizadas, aqueles os quais o Governo do Estado assinou termo de compromisso com o Governo Federal, que são os projetos da Arena, entorno da Arena, Fan Park, Centros de Treinamentos, mobilidade urbana e aeroporto (sendo que este último é de responsabilidade da União).
A grande preocupação agora é com as desapropriações que deverão ser feitas para a implantação do Bus Rapid Transit (BRT) na área central de Cuiabá. Yênes Magalhães lembra que os recursos para a execução dos projetos originais da Copa 2014 já estão assegurados, que são R$ 1 bilhão do Governo do Estado para os quatro anos; R$ 440 milhões que serão financiados pela Caixa Econômica Federal para BRT e Avenida Mario Andreazza; R$ 342 milhões pelo BNDES para a Arena e R$ 140 milhões para o entorno da Arena de 1,5 km – que é uma exigência da Fifa.
O Governo de Mato Grosso – segundo Yenês Magalhães – quer garantir recursos para as complementares e os deputados e senadores presentes na reunião se comprometeram em apresentar emendas que garantam recursos para essas obras de mobilidade urbana e assim poder priorizar as desapropriações.
Yênes Magalhães explica que, para implantar o BRT, na região central de Cuiabá, na Avenida da Prainha, no trecho compreendido entre Avenida Mato Grosso e a Praça Maria Taquara serão precisos desapropriar 18 metros para poder fazer a terceira pista. Como a Prainha não suporta o peso dos ônibus articulados BRT, que pesa em média 35 toneladas, pois ela foi construída há mais de 30 anos, será executada uma obra de "envelopamento" (o termo é esse) da pista – para suportar o peso dos novos ônibus – e ao mesmo tempo serão construídos dos emissários de esgotos de 2.800 metros de extensão até a Estação de Tratamento de Esgoto do bairro do Dom Aquino. Essa desapropriação não estava prevista no projeto original e a bancada de deputados e senadores entendeu a necessidade de viabilizar recursos.
Outra prioridade é a construção do Hospital Universitário, que vai exigir um investimento na ordem de R$ 150 milhões, sendo que já estão assegurados R$ 80 milhões, dos Ministérios da Saúde e da Educação. Todo esse recurso será garantido através de emenda parlamentar e da bancada federal.
A senadora Serys Slhessarenko disse que "a reunião de hoje é muito importante para Mato Grosso". Ela explicou que cada parlamentar tem direito a até R$ 13 milhões de emenda individual e outra da bancada federal. Segundo ela, o objetivo é garantir recursos para a mobilidade urbana e até quarta-feira (24.11) – prazo final para apresentação de emendas – a bancada voltará a se reunir novamente.
O deputado federal Valtenir Pereira informou que entre R$ 15 e 50 milhões provenientes de emenada da bancada serão investidos em tecnologia da informação na Baixada Cuiabana e em cidades do interior de Mato Grosso, como Santo Antonio do Leverger, Nobres, Várzea Grande com o objetivo de formar cidades tecnológicas. "Os recursos serão divididos em inclusão digital, desenvolvimento do turismo, infraestrutura, água e esgoto, além da instalação de 11 novas Varas do Trabalho distribuídas em municípios do interior, com recuros também da bancada federa, entre R$ 20 e 25 milhões"
Estiveram presentes os senadores Jaime Campos e Gilberto Goellner, os deputados Carlos Abicalil, Carlos Bezerra, Eliene Lima, Homero Pereira, Pedro Henry, Thelma de Oliveira, Valternir Pereira, Wellington Fagundes.