O presidente da Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Assistência Rural (Empaer), Enock Alves dos Santos, negou que a instituição tenha sido usada em favor de candidatos na campanha. A afirmação foi feita em depoimento que se estendeu por mais de 2 horas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e foi suspenso a pedido da defesa do governador reeleito Silval Barbosa (PMDB).
Enock negou a acusação em depoimento que consta na ação de investigação judicial eleitoral que corre em sigilo e foi movida pelo candidato derrotado Mauro Mendes (PSB). O presidente da Empaer voltará a ser ouvido no próximo dia 20, a partir das 14h, assim como as demais testemunhas.
O depoimento de Enock compõe a ação de investigação que vem sendo conduzida pelo corregedor do TRE, desembargador Márcio Vidal, e pode custar a diplomação de Silval e do vice-governador eleito, Chico Daltro (PP), o que pode levar a nova eleição, já que a chapa foi eleita com mais de 50% dos votos válidos no último dia 3.
No depoimento, conforme apurou A Gazeta, o presidente da Empaer alegou que convocou servidores apenas para uma reunião institucional no dia 5 de agosto e que foi realizada no período da tarde. Garantiu ainda que teria apenas convidado verbalmente as pessoas para o ato político realizado a partir das 18h daquele mesmo dia. O problema é que a coligação de Mauro apresentou cópia do documento da que seria a convocação para os dois atos, o que pde ser considerado abuso de poder político e econômico.