O mistério que se transformou o apoio do senador eleito Pedro Taques (PDT), o empresário Mauro Mendes (PSB) e Otaviano Pivetta (PDT) na disputa pela Presidência da República promete ser desfeito hoje após uma reunião com o senador Jaime Campos (DEM). O democrata é um dos coordenadores da campanha de José Serra (PSDB) em Mato Grosso e empenhou-se pessoalmente na conquista do apoio do trio que na eleição estadual compôs a coligação Mato Grosso Melhor Pra Você.
Embora pertençam a partidos que nacionalmente sustentam a candidatura de Dilma Roussef à Presidência da República, nos bastidores, Taques e Pivetta sempre tiveram simpatia pelo projeto tucano que é a eleição de José Serra. O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) entrou contato com Taques logo após a confirmação do resultado das urnas no dia 3 de outubro para parabenizá-lo e solicitar apoio a Serra.
Por outro lado, Mendes se sente magoado com a postura de Dilma que em sua passagem por Cuiabá subiu somente no palanque do candidato à reeleição Silval Barbosa (PMDB) que dividia apoio com Blairo Maggi (PR) e Carlos Abicalil (PT) que disputavam o Senado.
Mendes sempre apostou no cumprimento de um acordo que teria feito com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, no qual cada Estado que houvesse mais de um candidato da base aliada, Dilma subiria no palanque de ambos. O PSB integra a base de apoio do governo federal e tem o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, um dos aliados preferenciais na relação com o presidente Lula e a própria Dilma.
No programa eleitoral, Mendes explorou a imagem da petista classificando- a de aliada, porém, logo após a derrota informou que neste segundo turno iria retribuir o apoio que recebeu na disputa pelo governo do Estado, ou seja, permanecer neutro.
Os três foram procurados pela reportagem mas os telefones celulares estavam desligados.