Coordenador da campanha de Dilma Roussef (PT) em Mato Grosso, o governador reeleito Silval Barbosa (PMDB), lidera hoje uma reunião suprapartidária com prefeitos de mais de 100 municípios para convencê-los a aderir a campanha da petista que disputa o segundo turno da eleição presidencial com José Serra (PSDB) no dia 31 deste mês. O evento ocorre às 18h na sede da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).
A estratégia do peemedebista é atrair o máximo de lideranças a favor do projeto do PT para reverter a desvantagem no Estado contra o candidato Serra. Apesar da reeleição do próprio Silval Barbosa ao governo do Estado e Blairo Maggi (PR) ao Senado, que compõem a base de apoio, a petista saiu derrotada em Mato Grosso pelo tucano que obteve 678.614 contra 659.771 de sua adversária.
“Não haverá medição de esforços para que consigamos eleger Dilma Roussef e assim mantermos a unidade de nosso projeto político que vai continuar beneficiando Mato Grosso com a chegada de recursos estratégicos ao nosso desenvolvimento”, destacou Silval. A confiança também é compartilhada pelas lideranças petistas. “Com a unidade que estamos construindo tenho a certeza de que Dilma Roussef vai reverter essa desvantagem e ser vitoriosa em Mato Grosso. Já revertemos situações anteriores e não será diferente desta vez”, comentou Ságuas Moraes, ex-secretário de Estado de Educação e deputado federal eleito.
Apesar de seus partidos integrarem coligações com outros candidatos ao governo do Estado e presidência da República, prefeitos do PPS e DEM manifestaram publicamente no transcorrer da campanha apoio à reeleição de Silval Barbosa e, ao mesmo tempo, simpatia pelo plano nacional defendido pela petista Dilma Roussef. A tendência é o que apoio se repita neste segundo turno embora a legislação eleitoral entenda que o mandato pertence ao partido, o que obriga a cumprir as normas estatutárias incluindo a fidelidade.
O otimismo do PT se deve ao desempenho na última eleição presidencial. Em 2006, Geraldo Alckmin saiu vitorioso no primeiro turno em 120 dos 141 municípios, o que lhe garantiu 790.320 votos contra 557.244 de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, no segundo turno a diferença de votos do tucano para o petista caiu para 8.707.
Um dos motivos para reverter a desvantagem foi o apoio público do então governador reeleito Blairo Maggi. Conhecido mundialmente pela liderança mundial na produção de soja, o republicano conseguiu amenizar o desgaste que os petistas mantinham no relacionamento com representantes do agronegócio.