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Decisão de Taques em não apoiar Dilma gera clima tenso no PDT

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O clima dentro do PDT nacional não é dos melhores por causa da dura posição assumida pelo senador eleito Pedro Taques em dizer que não apoia a candidatura da presidenciável, Dilma Rousseff (PT), já que ambos os partidos e outras agremiações nacionalmente estão coligados. Aliás o PDT faz parte do staff governamental do presidente Lula.

Taques nos últimos dias tem evitado falar sobre o assunto e não retorna as ligações, principalmente depois que o presidente nacional do PDT, ministro Carlos Luppi, ter declarado que ele teria que apoiar a candidatura de Dilma por ser uma decisão da maioria do partido aprovada em convenção. Ontem, ele viajou a Brasília, mas nada foi informado pela assessoria. Enquanto isso, nada mudou a posição do senador pedetista que nunca escondeu sua proximidade com José Serra e com o PSDB que só não foi maior por não conseguir costurar um entendimento com o então candidato Wilson Santos.

O ministro e presidente licenciado do PDT, Carlos Luppi chegou a atender aos telefonemas da reportagem de A Gazeta, mas preferiu por duas horas depois de ter acontecido a primeira ligação às 18h06 conforme registro telefônico. Depois disto três ligações foram feitas ao celular do ministro que o deixou desligado.

Na quarta-feira, passada em entrevista para A Gazeta, Carlos Luppi assegurou que já havia conversado com Pedro Taques e que ele iria rever sua decisão, mas no dia posterior, Taques chegou a confirmar que teria conversado com a cúpula nacional do PDT, mas negou que já tivesse uma decisão adotada.

No dia de ontem, ouviu-se uma especulação de que Pedro Taques teria ido à Brasília se reunir pessoalmente com Carlos Luppi e Manoel Carlos, dirigentes pedetistas para expor sua situação e tentar revertê-la, já que após eleito, Taques foi cumprimentado por Fernando Henrique Cardoso, escalado por José Serra para convencer o senador a lhe apoiar no 2º turno.

Insistentemente foram feitas ligações ao celular do senador eleito que não respondeu a nenhuma delas para explicar a situação.

Um dirigente pedetista em Mato Grosso que preferiu não aparecer, assinalou que o partido está em dificuldades sobre a indecisão do senador.

Essa ala se manifestou durante os embates pela não confirmação em convenção dos nomes de Pedro Taques e Otaviano Pivetta como candidatos ao Senado e a vice-governador na chapa derrotada e encabeçada por Mauro Mendes (PSB), preferindo aderir a outro projeto que provavelmente seria o de reeleição de Silval Barbosa, mas acabaram sendo vencidos e agora despejam no Diretório Nacional a responsabilidade pelos erros cometidos no processo eleitoral que garantiu representação apenas para os candidatos do PSB e PPS e também para Zeca Vianna (PDT), irmão do prefeito de Primavera do Leste, Getúlio Vianna (PR) que tem sua ligação política muito mais com o PR do senador Blairo Maggi do que propriamente com as hostes pedetistas.

O certo é que enquanto protelam as discussões o tempo passa e com isso Pedro Taques ganha mais prazo para não ter que declarar seu apoio a Dilma Rousseff mesmo sabendo que isto poderá lá na frente complicar a situação de seu partido perante o eventual governo Dilma Rousseff de continuidade do governo petista do presidente Lula que tem a chance de eleger seu sucessor.

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