A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) determinou a instauração de uma sindicância administrativa para apurar possíveis irregularidades envolvendo servidores após policiais federais e oficiais de justiça terem feito, semana passada, apreensão de computadores e documentos que comprometeriam determinados candidatos, em um suposto uso da “máquina pública” para cooptação de votos. A chefe da pasta, Rosa Neide (filiada ao PT), designou um servidor público efetivo, lotado na assessoria jurídica, para conduzir o processso administrativo. Ele terá a missão de apurar se houve realmente uso de materiais, serviços e bens custeados ou pertencentes à administração estadual por candidatos ou em nome destes. O servidor terá um prazo de 30 dias para finalizar a sindicância. A portaria instituindo a investigação foi publicada no Diário Oficial do dia 24, mas que circula hoje.
Conforme Só Notícias já informou, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, atendendo pedido do procurador regional eleitoral, Thiago Lemos, que recebeu denúncias. Não foram informados os nomes dos candidatos que estariam sendo, supostamente, beneficiados. Os computadores e os documentos devem ser periciados e, se comprovados os crimes eleitorais, os envolvidos podem ter o registro de candidatura cassados e, se eleitos, podem perder o mandato por decisão da Justiça Eleitoral. Os nomes dos candidatos investigados não foram informados, pois o processo está em segredo de justiça.