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Lucas: apresentado impacto ambiental da ferrovia e traçado não muda

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Os estudos ambientais para implantação da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) EF-354 foram apresentados, ontem à noite, em Lucas do Rio Verde, em audiência pública, na câmara, com a presença de lideranças municipais e regionais. O diretor da empresa (STE) Serviços Técnicos de Engenharia, Fábio Araújo Nodari, garantiu que a construção da ferrovia não causará um impacto ambiental. “Estamos, há mais de um ano, com profissionais das mais diversas áreas, analisando os impactos ambientais e chegamos a conclusão que a ferrovia é uma necessidade para a região. O traçado passará por diversas áreas de produção, onde o ambiente, de certa forma, está impactado e não vai ser, então, a construção da ferrovia, que criará um impacto que não seja mitigado ou possam ser minimizados os programas ambientais que serão desenvolvidos ao logo da ferrovia. A nossa conclusão foi pela viabilidade do empreendimento”, explicou.

“Essa é uma fase bastante importante por se tratar da oportunidade que a população tem de esclarecer todas as dúvidas a respeito do empreendimento. Não podemos abrir mão nunca de uma obra dessa envergadura, que é de suma importância para o nosso estado. O estudo que nós fizemos é importante na medida em que nos mostra como que a gente pode conduzir uma obra que não venha causar problemas no futuro”, disse o superintendente do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) em Mato Grosso, Ramiro Martins Costa.

A Ferrovia Centro-Oeste é parte de um projeto estratégico internacional que tornará possível a ligação entre os oceanos Pacífico e Atlântico, proporcionando acesso também a Puerto Bayovar, no Peru, ao porto de Ilhéus (BA). Seu objetivo é facilitar o escoamento da produção, fazendo com que as mercadorias possam chegar a qualquer terminal do país com mais agilidade e menos custo.

O diretor da VALEC Engenharia Construções e Ferrovias, José Francisco das Neves (Juquinha) garantiu que os prazos estabelecidos para a construção da ferrovia (conclusão em 2014) serão respeitados. “Aqui no Mato Grosso está andando com uma velocidade ainda maior, principalmente porque aprendemos muito com a Ferrovia Norte-Sul. A parte ambiental nós começamos em outubro, já estamos fazendo as audiências públicas para pegar a licença ambiental e em seguida vamos colocar o trecho até Água Boa em obras. Se tudo der certo, o trecho de Água Boa a Lucas do Rio Verde nós queremos iniciar ainda este ano”, afirmou.

Conforme Juquinha, não existe qualquer possibilidade do traçado original da ferrovia ser alterado. “Não muda. É uma área plana. No trecho de Cocalinho a Água Boa existe uma área inundada, que dará um pouco mais de trabalho, porém a área técnica já está definida. De Campinorte até Lucas, nós dividimos em 10 trechos, devendo entrar 10 empresas no consorcio, mas nós poderemos ter até 30 empresas construindo, com uma velocidade na conclusão dessa obra jamais vista no Brasil”, garantiu Juquinha.

Lucas deve ter um terminal de cargas para escoar parte da safra agrícola das regiões Médio Norte e Norte via porto em Porto Velho (RO).


José Francisco das Neves, Diretor da VALEC Engenharia Construções e Ferrovias

Fábio Araújo Nodari, diretor da empresa (STE) Serviços Técnicos de Engenharia

Ramiro Martins Costa, superintendente do IBAMA 

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