O PMN decidiu mudar de lado. Vai abandonar o grupo que apóia a reeleição do governador Silval Barbosa (MDB) para integrar a base de apoio ao candidato do PSDB ao governo do Estado e ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos. O PMN decidiu apoiar Wilson, no sábado, apesar de ter aprovado em convenção a adesão ao grupo de Silval. A mudança ocorreu a menos de 48 horas para vencer o prazo que partidos e coligações têm para solicitar registro de candidaturas à Justiça Eleitoral.
Além do PMN, Wilson conta com apoio do PSDB, DEM, PTB, PRTB, PSDC e PSL na coligação. É o segundo menor grupo na corrida pelo Palácio Paiaguás. De olho na reeleição, Silval vai contar no palanque dele com 12 partidos (PMDB, PR, PT, PC do B, PT do B, PRP, PRB, PSC e PHS), enquanto o empresário Mauro Mendes foi lançado pelo PDT, PPS, PV e PSB. O Psol optou por chapa pura e o isolamento ao lançar Marcos Magno ao governo.
Apesar do PMN alegar que a mudança se deve ao interesse dos filiados em garantir a eleição de pelo menos um deputado estadual, a alegação não convenceu muito os antigos correligionários ligados ao PMDB, que não engolem a mudança depois do prazo. A reclamação aumentou ainda mais porque o PMN sempre foi ligado ao grupo que comanda o PR.
As mudanças repentinas de apoio devem marcar esta eleição, já que muitos filiados não deverão respeitar a orientação partidária e pedir voto para concorrentes. O caso mais emblemático da última eleição levou um grupo de filiados do PRTB a ser expulso sob alegação de vender apoio para o PR, que em 2008 lançou o empresário Mauro Mendes na disputa pela Prefeitura de Cuiabá.