O Ministério das Cidades aprovou três propostas de Mato Grosso para contratação de operações de crédito no âmbito do Programa Pró-Transporte, com recursos do FGTS, para os projetos de mobilidade urbana diretamente associados à Copa do Mundo FIFA 2014. Além desta unidade da federação, o Rio Grande do Norte (3) e Amazonas (1) também tiveram projetos selecionados. O Pró-Transporte é voltado ao financiamento do setor público e privado, à implantação de sistemas de infraestrutura do transporte coletivo urbano e à mobilidade urbana.
No território matogrossense, a captação de recursos visa melhorar a mobilidade urbana, especialmente no transporte de passageiros em Cuiabá, visando também a copa de 2014 porque a capital será uma das cidades sedes. Para isto, o Executivo quer implantar na capital o Ônibus de Trânsito Rápido (Bus Rapid Transit-BRT, sigla em inglês). No Brasil, a experiência de cidades como Curitiba (PR), tem demonstrado a eficácia do novo modelo cujos custos de implantação mostram-se menores ao de um metrô. Da mesma forma, o tempo para instalação é inferior.
Só Notícias apurou que a proposta de Mato Grosso é em três regiões: corredor CPA-Aeroporto, com investimentos na casa dos R$ 323,8 milhões; no corredor Coxipó-Centro (R$ 132,3 milhões) e no corredor viário na rodovia Mário Andreazza (R$ 32,6 milhões). A implantação o Ônibus de Transporte Rápido, nas três localidades, demandaria quantia equivalente a R$ 488,7 milhões.
O governo federal aprovou financiamento de R$ 454,7 milhões mediante o Pró-Transporte, sendo R$ 307,7 milhões para o corredor CPA-Aeroporto; R$ 116 milhões para o Coxipó-Centro e outros R$ 31 milhões para a rodovia Mário Andreazza. A medida autorizada pelo ministro Márcio Fortes passou a vigorar nesta segunda-feira.
Com o novo sistema em funcionamento, o trânsito na capital mato-grossense pode apresentar significativas melhoras, reduzindo os índices de lentidão e tráfego em diferentes pontos do município. Cuiabá será, em 2014, uma das subsedes da Copa do Mundo de Futebol (hoje realizada na África do Sul). Além dela, outras cidades do Brasil correm contra o tempo para cumprirem o cronograma de obras, englobando desde a construção de novos estádios para as partidas, bem como melhora na trafegabilidade.
Custos
Pelos cálculos da Associação Nacional das Empresas de Transporte Público (NTU), o BRT custa menos que outras modalidades de transporte. A proporção seria de US$ 10 milhões para um quilômetro de Ônibus de Transporte Rápido para US$ 100 milhões para um quilômetro de metrô.
No mundo, outras cidades já se “renderam” ao BRT. São mais de 80 espalhadas pelos cinco continentes além dos milhares de projetos que se encontram em fase de implantação. Na lista encaixam-se, por exemplo, Brasil, Canadá, Estados Unidos, México, Equador, Venezuela, Colômbia, além de outros.