O governador Silval Barbosa disse, neste sábado, em Alta Floresta, onde prestigiou a feira agropecuária, que diversas medidas foram tomadas por parte do Governo do Estado para “mostrar a lisura tanto da operação quanto em dezenas de planos de manejo em andamento na Secretaria de Estado de Meio Ambiente” que estavam com irregularidades e foram autorizados após intervenção de políticos, assessores, servidores da Sema. Diversos servidores estaduais foram presos pela Polícia Federal. “Já determinei uma averiguação por profissionais preparados, com a participação de órgãos federais, OAB e Auditoria Geral do Estado para que se apure todos os fatos”, afirmou Silval. Os planos de manejo são obrigatórios para extrair madeira de florestas. Silval afastou dos cargos, tão logo foram presos, seu chefe de Gabinete, Silvio Correa, o secretário adjunto da Seder Afranio Migliari, o secretário adjunto de Mudanças Climáticas Alex Sandro Marego além de servidores da Sema que estão sendo investigados pela polícia e Justiça Federal.
O governador afirmou ainda que todos os abusos cometidos por parte de servidores do Sistema Prisional (no caso do tratamento com presos da operação) serão rigorosamente apurados. Conforme Só Notícias já informou, João Domingos de Araújo foi exonerado da direção do presídio Ferrugem pelo fato dos empresários, engenheiros e fazendeiros terem os cabelos cortados. Oficialmente, o governo diz que não foi este o motivo.
Ao todo foram 65 pessoas presas – 28 delas no Nortão – e libertadas pelo Tribunal Regional Federal. A PF informa que as investigações estão sendo feitas há 2 anos e, com base em perícias, aponta que as fraudes nos projetos ambientais, além da extração de madeira de terras indígenas, de assentamentos e de parques, resultaram em R$ 900 milhões.