O desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal, deve decidir, nesta quarta-feira de manhã, se solta ou mantém presos pelo menos 28 pessoas que tiveram prisões decretadas na Operação Jurupari, desencadeada na sexta-feira, que investiga crimes ambientais. Os 63 presos estão em Cuiabá, Sinop e um deles em Minas Gerais. No início da noite, 11 advogados que buscam liberdade para seus clientes reuniram-se com o desembargador, em Brasília, e expuseram motivos para que fosse concedida liberdade para os investigados. Em nota encaminhada ao Só Notícias, os advogados argumentam no que houve usurpação de competência, incompetência da Justiça Federal em razão da não comprovação de violação dos interesses da União, distribuição manual direcionada, nulidade da decisão por ser totalmente genérica e ausência dos motivos da prisão preventiva além de prescrição dos crimes ambientais imputados.
Em nota, os advogados Lima Neto, Valber Melo, José Osvaldo Leite Pereira, Willian Pereira Machiaveli, Marcelo Segura, Jiancarlo Leobet, Carla Helena Grings, Claudio Elias, Ulisses Ribeiro Neto, Jairo Vicente Clivatti, Eustáquio de Noronha Neto , que defendem uma parte dos acusados, aponta que o desembargador “ficou de analisar os autos de todos os habeas corpus o mais breve possível, o que torna esperançoso para todos os advogados presentes que tal fato ocorra o mais breve possível, independente de sua decisão”.
Outros 35 habeas corpus imperados podem ser relatados por Tourinho. Estão presos -fazendeiros, madeireiros, engenheiros florestais, servidores públicos do governo do Estado, da Sema, prefeitura e câmara de Sinop-. Mais 18 pessoas tiveram, ontem, ordens de prisões expedidas. A PF, Ministério Público e Justiça Federal apuram crime cometidos nos últimos 2 anos com a Sema expedindo planos de manejo fraudulentos, incompletos, concedendo créditos virtuais e servidores públicos usando de suas funções para obter vantagens indevidas. Dezenas de pessoas tiveram bens sequestrados.
(Atualizada às 21:12h)