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Cacique que lidera tribo no Nortão busca apoio na Europa contra usina

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O cacique Raoni, da etnia dos Caiapós, está em Paris para fazer campanha contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. O indígena se reuniu com o ex-presidente francês Jacques Chirac e pediu apoio para impedir a construção. Segundo o cacique, o mesmo pedido será feito ao presidente francês, Nicolas Sarkozy. As informações são da agência BBC Brasil.

Raoni disse que vai buscar apoio também das autoridades da União Europeia e de Mônaco. Segundo o cacique, ele tem uma reunião marcada para a próxima semana com o príncipe Albert, de Mônaco. Chirac é coordenador de uma fundação que atua também na área ambiental, com projetos de combate ao desmatamento e assina o prefácio do livro Raoni, Memórias de um Chefe Indígena, do cineasta e escritor Jean-Pierre Dutilleux, lançado na última segunda-feira (3) na França.

Em 1989, Raoni se transformou em uma personalidade internacional ao receber o cantor Sting que veio ao Brasil para pedir pela proteção da floresta amazônica. A imprensa francesa tem destacado a visita de Raoni. "Vamos matar os brancos que construírem a barragem", disse o cacique, durante entrevista ao canal de TV TF1. "Desde sempre, impeço meu povo de guerrear, mas estou muito preocupado e inquieto agora", afirmou.

Segundo Raoni, 3 mil índios estariam preparados para pegar as armas, mas vão esperar esgotar todas as negociações. "Fui enviado por todos os índios Caiapó para obter apoio e recursos para proteger a floresta", afirmou.

Depois de duas décadas de disputas judiciais, a Justiça Federal brasileira autorizou a construção da barragem, que deve entrar em funcionamento em 2015. A Usina de Belo Monte deverá ser a terceira maior hidrelétrica do mundo em capacidade instalada – atrás de Três Gargantas, na China, e de Itaipu, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.

 

 

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