A Polícia Federal acaba de confirmar que o presidente afastado do Instituto Creativo, Luciano de Carvalho Mesquita, que estava foragido desde o último dia 7 quando foi deflagrada a Operação Hygeia, se apresentou espontaneamente neste domingo na sede da PF em Cuiabá. Ele é investigado por suposto envolvimento no desvios de verbas públicas federais, em contratos firmados pelo instituto com órgãos públicos como orefeituras de Cáceres, Pontes e Lacerda e Santo Antonio de Leverger.
Segundo a delegada da Polícia Federal, Heloísa Albuquerque Alves, a apresentação espontânea, mesmo que tardia, é demonstração de boa-fé e pode ser interpretada como intenção em colaborar com as investigações. A delegada acredita que os outros dois últimos procurados devem se apresentar nos próximos dias, uma vez que suas capturas é questão de tempo: “temos equipes da PF empenhadas nessas capturas” afirmou. Os dois procurados são o advogado Ronildo Lopes do nascimento e o diretor do instituto Idheas, Celino Henrique Lugon Fraga.
O Creatio firmava convênios com prefeituras que recebiam verbas da Funasa- Fundação Nacional de Saúde-. Em Santo Antonio de Leverger, por exemplo, o instituto realizou ações complementares à assistência de saúde indígena e suporte ao trabalho dos profissionais que atendiam diretamente os indígenas.
A Polícia Federal já indiciou 46 por fraudes em licitações, superfaturamento, pagamento de serviços não prestados e outras irregularidades.
O Creativo é uma Organização Social de Interesse Público (Oscip). Além de seu presidente, também foi presa a presidente do instituto Idheas, Maria Guimarães Bueno, que estava escondida em Minas Gerais. Conforme Só Notícias já informou, a Polícia federal prendeu na mesma operação os dirigentes do PMDB de Mato Grosso, Rafael Bastos e Carlos Miranda, além de Luis Gomes Bezerra, o empresário Valdebran Padilha – que foram libertados nos últimos dias e responderão processo em liberdade.