A senadora Serys Slhessarenko, vice-presidente do Senado, e derrotada ontem nas prévias do PT para candidatura ao Senado, anunciou, agora há pouco, em Cuiabá, que estará apoiando o empresário Mauro Mendes (PSB) ao governo do Estado e não descartou apoiar o ex-procurador Pedro Taques (PDT) para senador. Ela não será candidata, nem acompanhará a decisão do PT que estará apoiando o vice-governador Silval Barbosa (PMDB). Na prática, Serys não estará no palanque onde o rival, Carlos Abicalil (PT), que lhe venceu nas prévias, estará como candidato a senador. Serys pleiteava candidatura à reeleição.
A senadora garantiu que esta decisão não se trata de uma represália a derrota sofrida para Abicallil. Disse que é uma decisão que já havia sido tomada por seu grupo. “Não posso deixar de seguir aquilo que o grupo que vinha me apoiando nas prévias e que sempre esteve comigo deseja neste momento. Somos contra a manutenção da aliança que ai está. Por isso vamos trabalhar para a vitória do empresário Mauro Mendes”, disse. A senador assegurou ainda que não foi convidada por Mauro Mendes para ser sua vice-governadora e que, se o convite for formalizado, não vai aceitar. “Se não me foi dado o direito de disputar a reeleição ao Senado Federal é por que alguma coisa fiz de errado. Sendo assim, vou me retirar da política nestes próximos quatro anos e fazer uma reflexão”, disse.
Ela confirmou que seu grupo político vai aderir à campanha de Mauro Mendes dia 23 de maio. quando haverá uma convenção no PT, com a participação de 250 delegados. Com relação a derrota para Abicallil e os métodos utilizados pelo adversário durante a campanha, a senadora não escondeu insatisfação, embora evitasse muitos comentários. Disse apenas que deseja sorte a Abicallil e que sentiu que muitos petistas mudaram seus votos pressionados e com medo de perderem seus empregos na Secretaria de Educação de Mato Grosso e em outros órgãos do governo estadual.
Serys afirmou ainda que, além de trabalhar em período integral para a campanha de Mauro Mendes, vai se “dedicar de corpo e alma para a vitória de Dilma Rousseff à presidência”. Segundo ela, a única coisa certa dentro do PT será a unanimidade em torno da ex-ministra chefe da Casa Civil de Lula.
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