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Indefinição do PP sobre coligação é também por embate entre Riva e Henry

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A indecisão do Partido Progressista (PP) quanto ao seu futuro político nas eleições deste ano, alimentado pela falta de nomes para candidaturas majoritárias coloca o partido em uma situação priviliaga em se tratando de busca de apoio. Ao mesmo tempo em que tem um patrimônio eleitoral inestimável para qualquer pré-candidato ao Governo do Estado, transforma a situação da sigla num verdadeiro leilão. E essa situação pode ter os mais imprevisíveis resultados para qualquer um dos nomes em disputa, Silval Barbosa (PMDB), Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB).

Alimentados pela força política do deputado e presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, o PP tem amplos quadros que reforçam esse poderio eleitoral ainda mais. Nomes como Walter Rabello, Pedro Henry, Chico Daltro, Eliene Lima, Maksues Leite entre outros, alguns com mandato outros sem, mas não menos importante na disputa, seja por uma vaga de deputado estadual ou por uma de deputado federal, demonstram a força que o partido tem em Mato Grosso.

Esse poderia eleitoral anima todos os pré-candidatos a terem o PP como parceiro, seja na disputa majoritária como na proporcional. Fora isso, nunca é desprezível a possibilidade de uma candidatura própria ao governo do Estado, nem que seja para arrastar a disputa em definitivo para um segundo turno ou mesmo consolidar a possibilidade de eleger entre cinco a sete deputados estaduais entre 24 vagas hoje existentes na Assembléia Legislativa, e de dois a quatro federais entre oito vagas.

Mas, nem tudo são flores entre os progressistas. Primeiro a divergência de opiniões entre os principais lideres, José Riva e Pedro Henry. A outra é a questão nacional, pois está em curso uma negociação com o PSDB do pré-candidato tucano, José Serra para indicar o nome para vice-presidente da República. O progressista e presidente nacional do PP, o senador Francisco Dornelles, parente de Tancredo Neves e personalidade nacional que já ocupou cargos de ministro de Estado e o mais cotado para compor a chapa de Serra.

Essa possibilidade abre discurso entre alguns progressistas de que o PP pode seguir em Mato Grosso o mesmo destino nacional e acompanhar a candidatura de Wilson Santos (PSDB) para o governo do Estado, possibilidade considerada impossível para alguns membros da agremiação com forte ligação no Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula e a quem o PP foi fiel até agora, ao ponto de se comprometer em denúncias de corrupção no Governo Federal (leia-se Mensalão).

Outra possibilidade aventada é de acompanharem o candidato do PSB, empresário Mauro Mendes, com quem estiveram na disputa do 2º turno das eleições municipais de 2008 em Cuiabá, quando Mauro Mendes, então PR disputou a Prefeitura de Cuiabá contra Wilson Santos (PSDB) aquele que agora alguns do PP querem apoiar.

Por fim existe a opção do PP ficar onde está há pelo menos seis anos, apoiando o governo Blairo Maggi, que mesmo entregando o mandato para Silval Barbosa (PMDB), será candidato ao Senado e tem forte influência hoje junto ao PT e ao próprio PP. Fora isso, Riva e Silval administraram em conjunto o Parlamento Estadual, como presidente e 1º secretário, cada um, uma vez.

 

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