Uma ação do Estado em cooperação técnica com Cuiabá vai atender mais de 18 mil usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que aguardam consultas e procedimentos médicos especializados da Média e Alta Complexidade. A assinatura desta parceria foi realizada ontem e contou com a participação do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), além do deputado estadual Sérgio Ricardo (PR), presidente da CPI da Saúde. De acordo com o parlamentar a iniciativa representa um avanço, pois vai atender uma demanda reprimida do estado de Mato Grosso.
Porém, destacou a necessidade do Governo Federal de investir mais na área de saúde pública. “O grande problema da saúde pública é a falta de investimentos. É o momento de a União entrar com mais recursos, porque está devendo não só para Mato Grosso, mas sim para todo o Brasil. O Governo Federal tem dinheiro, o que precisa é de boa vontade”, declarou Riva.
Segundo o deputado é um “absurdo”, a tabela do SUS pagar R$ 36, por exemplo, para a realização de um exame de bronquioscopia, que no mercado custa R$ 300. “É preciso reavaliar esses valores”, defendeu. Na oportunidade, parabenizou a ação do governo estadual. “É um justo que Estado e municípios participem. É preciso separar as divergências partidárias. Tem muita politicagem na saúde, sendo que precisamos é de política pública”, afirmou o deputado.
O secretário de Estado de Saúde Augustinho Moro os atendimentos serão feitos num prazo de 120 dias. Concomitantemente, os procedimentos de rotinas também serão realizados. “Começaremos essa ação no início de abril, sendo que metade dessa demanda é de Cuiabá. Com isso, a gente espera que a fila dos exames de complexidade ande mais rápida”, salientou Moro.
Já o secretário de Saúde da Capital, Maurélio Ribeiro, é impossível vislumbrar na saúde estadual diferente da municipal. “Vejo aqui o pontapé inicial de uma relação consolidada”, destacou. Representando o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Mário Lemos, secretário de Saúde de Tangará da Serra também ratificou a necessidade de aplicar mais recursos na área. “Só teremos uma saúde eficiente quando conseguirmos aumentar o financiamento”, apontou.
Os procedimentos, que gerarão consultas e exames serão realizados nas áreas de broncoscopia, retorsigmoidoscopia, eletroneuromigradia simples, RX contrastado, campimetria, retinografia, espirometria, cintilografia miocárdio, cateterismo, IAG Laser, colonoscopia, ultrassonografia, cargiologia, ortopedia, otorrinolaringologia, otorrinolaringologia cirurgião e oftalmologia.