Três das principais siglas partidárias em Mato Grosso estão indefinidas diante das divergências de opiniões em relação aos rumos das eleições. O DEM, o PDT e o PPS vivem clima de instabilidade política quando o assunto é quem apoiar para governador, diante das três candidaturas até o momento postadas e que a cada dia se consolidam mais como irreversíveis.
Cada uma das siglas está dividida em três facções: apoiam o vice-governador Silval Barbosa (PMDB), também Wilson Santos (PSDB), enquanto outros membros pretendem ajudar Mauro Mendes do PSB. Tanto no DEM, como no PDT e no PPS existem correntes dispostas a disputar no voto suas indicações.
O prefeito de Alto Garças, Roland Trentini (DEM), cotado para ser vice de Wilson Santos, deixou claro que apoia a candidatura de Blairo Maggi ao Senado, que tem como candidato ao governo Silval Barbosa. Também demonstrou resistente em dividir chapa com o ainda prefeito de Cuiabá. Trentini aponta ser amigo pessoal de Maggi e que não iria deixar de lado uma amizade por causa de política.
O PDT também tem disputas. Os presidente do diretórios regional, Otaviano Pivetta, e do municipal de Cuiabá, Toninho de Souza, se reuniram para tentar afinar os discursos dentro da sigla que é sacudida por insinuações de intervenção do nacional se a candidatura a governador for contrária ao nome da ministra Dilma Roussef do PT para presidente. Fora isto setores do partido conversam com Silval e com Wilson.
O vereador por Cuiabá, Adevair Cabral, que até dias atrás ocupava a Secretaria de Cultura de Cuiabá, foi escalado pelo prefeito para defender seu nome.
Por fim o PPS, do deputado Percival Muniz, mentor intelectual da candidatura de Mauro Mendes e do projeto Mato Grosso Muito Mais, vive às turras com o vereador e presidente do diretório municipal de Cuiabá, Ivan Evangelista, e com o secretário-geral, Elismar Bezerra que apoiam abertamente a candidatura de Wilson Santos. Já o deputado Pedro Satélite, que tem sua base no Nortão, aposta todas as fichas na candidatura de Silval Barbosa, provocando uma verdadeira batalha que quase chegou as vias de fatos no último encontro.
A única coisa que o democratas, pedetistas e pepessistas concordam é que será necessário levar até o último dia legal, 30 de junho, as convenções e definir no voto qual o rumo a seguir.
Também vão tentar fazer com que isto aconteça da melhor forma possível para não fragmentar ainda mais as siglas.