Na sua passagem por Brasília na terça-feira (16) o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) e pré- candidato do grupo político do governador Blairo Maggi (PR), se reuniu com o ministro do Trabalho e presidente nacional do PDT, Carlos Luppi. Mesmo negando que tenha sido uma agenda política, mas sim de trabalho, é provável que Silval trocou impressões políticas sobre a sucessão. O PDT nacional liberou o partido em Mato Grosso para seguir o caminho que melhor lhe conviesse, e a opção foi pelo projeto Mato Grosso Muito Mais, encabeçado por Mauro Mendes (PSB).
Pesa a favor de Silval o fato de estar coligado com o Partido dos Trabalhadores, do presidente e da candidata Dilma Roussef e a firme posição de Lula de que o palanque petista será único, ou seja, as coligações são independentes nos Estados, mas o palanque terá que ser único, coisa que não acontecerá com Mauro Mendes.
O grande problema é que os apoiadores do novo projeto não vêem problemas em ter pelo menos quatro presidenciáveis no palanque de Mauro Mendes, Ciro Gomes (PSB); Dilma Roussef (PT) ; Marina Silva (PV), além do PPS que no plano nacional apoia a candidatura de José Serra.
Esses entendimentos que antes pareciam naturais eram decorrentes do fato do tucano José Serra ser favorito, mas com o crescimento de Dilma que hoje já empata com o tucano, os petistas estão reforçando a necessidade de se ter apenas uma candidatura presidencial em condições de disputar de igual para igual com a oposição.
O problema maior é que sem o PPS e o PDT, a candidatura de Mauro Mendes estaria provavelmente fadada ao insucesso, diante dos pequenos apoios até agora aglutinados em torno de sua pretensão eleitoral.
A exceção dessas duas siglas, as demais são partidos considerados nanicos.