Rachado o PT terá até 11 de abril, quando deverá realizar sua convenção, para definir quem será seu candidato ao Senado Federal e se fará coligação com o candidato ao governo do estado Sival Barbosa (PMDB), que tem o apoio do governador Blairo Maggi (PR) ou se vai apoiar uma outra aliança com o empresário Mauro Mendes (PSB) se lançando ao governo do Estado. A preocupação maior é mesmo definir quem vai disputar o Senado Federal pelo partido. A senadora Serys Shessarenko, se diz candidata natural e não aceita sair da disputa. O deputado federal Carlos Abicallil, agora como presidente regional do partido não aceita voltar a disputar a Câmara Federal, quer o Senado.
Neste segunda-feira ao participar do programa “Cidade Independente”, ancorado por Edivaldo Ribeiro, Carlos Abicallil voltou a afirmar que é a melhor opção do partido para o Senado, que quer que Serys desista da disputa saindo para a Câmara Federal e assegurou, em tom irônico que o ex-ministro José Dirceu não é seu padrinho, embora tenha por ele uma grande admiração e seja um de seus principais defensores.
Ao ser questionado se a vaga, por merecimento, ao Senado Federal não deveria ser da professora Serys Shessarenko, Carlos Abicallil afiançou que dentro do PT não existe nada que determine que aja este tipo de preferência. “O PT é um partido de todos os petistas. São eles que vão decidir, em eleição quem é o melhor candidato para disputar este ou aquele cargo. Estamos colocando nosso nome na disputa. Se o partido me aprovar serei o candidato”, despistou, afirmando que não está usando o fato de ser presidente regional da sigla e deter a maioria dos diretórios municipais para ‘patrolar’ a senadora Serys. “Não existe esta história de patrolamento. Não concordo com isso. Em 2006, a senadora era a presidente do partido. Ela não quis a coligação com o governador Blairo Maggi. Eu era minoria e acatei a determinação do partido. Poderia ter saído candidato ao Senado naquela época. Mas como ela venceu dentro do partido saiu candidata. Aceitamos. Portanto, agora é cumprirmos a mesma coisa e aceitar o resultado das urnas em nosso partido”, avalia.
Ao defender sua candidatura ao Senador, Abicallil aproveitou para salientar que está empenhado em convencer Serys Slhessarenko a disputar a eleição para a Câmara Federal. Segundo ele, o partido pode ficar mais forte, elegendo dois deputados federais e um senador. “Ela tem tudo para se eleger deputada federal junto com o secretário de Educação Ságuas Moraes. Portanto, é imprescindível que ela aceite este novo panorama político”, observa, sem querer explicar esta mesma situação poderia ocorrer com Serys disputando o Senado e ele a Câmara Federal.
Com relação a uma matéria publicada no portal de notícias 24 Horas News de que é apadrinhado do ex-ministro José Dirceu e que estaria saindo candidato ao Senado como projeto de vingança do ex-ministro contra o ex-senador Antero Paes de Barros, Abicallil preferiu se defender usando a ironia. “José Dirceu, não é meu padrinho, fui batizado uma única vez na minha vida, meus padrinhos estão mortos e não era José Dirceu. Ele é um grande companheiro, batalha pelo PT. Me sinto orgulhoso e comprometido com o projeto que ele representa. Não me envergonho de tê-lo defendido em 2005. o povo de Mato Grosso compreendeu minha participação na defesa do ex-ministro. Nossos maiores algozes em 2005, hoje tem de explicar o Panetone de agora em Brasília”
Segundo o deputado federal o PT deve definir até o final de março sua chapa para a disputa eleitoral deste ano bem como qual coligação vai formar. Ele defende a aliança com o atual governo e com o candidato Silval Barbosa (PMDB), embora admita que vem mantendo conversações com o PSB. No dia 11 de abril acontece a convenção do partido que vai homologar os candidatos e a aliança.