O vereador Ervino Kovaleski (Nenzinho), do PPS, foi preso neste sábado acusado de corrupção em Marcelândia (210 km ao Norte). A prisão dele, de 5 dias, foi autorizada pelo juiz Anderson Candiotto. A Polícia Civil e o Ministério Público apontam que Kovaleski teria solicitado e recebido vantagens financeiras em troca de apoio político, especialmente para composição de chapa para eleição da presidência da Câmara de Veradores de Marcelândia. Ele foi eleito pela coligação do prefeito Adalberto Diamante, mas logo após a eleição passou a integrar o grupo de oposição, representado pelos partidos DEM e PSDB. A polícia aponta que os vereadores são “vinculados à Colonizadora Pronorte, acabando por determinar a vitória da oposição, do vereador Diego Bugarelli Grelak, na primeira eleição para presidência da câmara. A polícia obteve cópias de cheques que teriam sido repassados ao vereador como suposta propina para mudar de lado. Uma fonte de Só Notícias na polícia aponta que mais pessoas podem ser presas.
Ao longo do ano de 2009, Ervino teria recebido diversas vantagens da empresa Pronorte. Constam nos autos de inquérito policial cópia de cheques emitidos por Celso Luiz Padovani (Presidente do DEM e administrador da Pronorte) em favor de Ervino, isso para que o mesmo mantivesse sua posição política”, aponta a assessoria da Polícia Civil.
As investigações apontam que, recentemente, Ervino teria solicitado de Celso Padovani R$ 6 mil, um terreno no centro de Marcelândia e uma propriedade rural, e caso não recebesse tais vantagens, mudaria novamente para o grupo da situação. O empresário não atendeu seu pedido, Ervino mudou de posição, vindo a se inscrever na chapa da “situação” para a nova eleição na mesa diretora da câmara, cujo candidato a presidência é o vereador Edivam Vieira Lima.
O delegado Luiz Henrique de Oliveira explica que existe indícios de que Ervino também teria recebido dinheiro do grupo que apóia o prefeito Adalberto Diamante. “A partir de agora é o que a investigação pretende esclarecer, podendo haver desdobramentos que, inclusive, leve a outras prisões, especialmente de outros políticos do município”, disse.
Conforme o delegado, a decisão do Poder Judiciário local sinaliza para a moralização da política em Marcelândia, caracterizada por uma medíocre e duradoura disputa pela presidência da Câmara de Vereadores, que vem desde o início de 2009, recebendo denúncias de corrupção, tudo isso em meio a uma crise econômica nunca vista na história de Marcelândia.
Não foi confirmado se Ervino está preso em Marcelândia ou se foi recambiado para outra cidade. O PPS chegou a mover processo para a “cassação” de Ervino, mas foi anulado pela justiça em razão de vícios formais.
Outro lado:
O vereador disse desconhecer os motivos de sua prisão. Ele disse estar “indignado” com a ação policial e que é “cidadão de bem” e que mudou de grupo político “por orientação do partido”.
(Atualizada às 18:13h)