O governador Silval Barbosa fortaleceu neste sábado, em São Félix do Araguaia, a integração para o desenvolvimento regional e melhoria da qualidade de vida da população mato-grossense. Ele e o governador do Tocantins, Siqueira Campos, uniram forças em busca da pavimentação da BR-242 na Ilha do Bananal, que liga os dois Estados. A iniciativa é considerada histórica para toda a região Norte do Araguaia.
A BR-242 integra o Brasil de Leste a Oeste, do Porto de Salvador (BA) à BR-163 – a Oeste de Mato Grosso. As duas rodovias se cruzam bem no ‘coração do Brasil”, local de intersecção ao município de Gurupi no Estado de Tocantins. A BR-242 já está pavimentada de Salvador até as barrancas do Rio Javaé no Tocantins, faltando apenas a Travessia da Ilha do Bananal para a ligação com o Mato Grosso.
A rodovia BR-242 após ligar-se ao Mato Grosso será a rodovia de integração nacional e regional, além de fator de geração e progresso. “A na BR 242 é fundamental; para termos uma rodovia onde se integra o agronegócio, fortalece o turismo, e fortalece a oportunidade para essas pessoas que vivem nesta região”, disse Silval Barbosa ao lembrar que, além de trazer prosperidade e desenvolvimento, com interligação “vamos encurtar a distância destas pessoas que têm uma interligação com Tocantins e Goiás”.
Essa interligação, que já é conhecida de Travessia Transbananal, ligará as regiões produtoras do sul do Pará ao Mato Grosso, Tocantins e Bahia, criando assim um novo corredor de exportação nacional que receberá insumos agrícolas e produtos muito mais baratos. Conforme lembrou o deputado estadual Baiano Filho, “encurtamos as distâncias do Norte Araguaia com o restante do Brasil e chegamos do outro lado, na Ilha do Bananal, muito próximo a rodovia Belém-Brasília, o que irá impulsionar o aumento do potencial turístico e muito empreendimento”.
“O calcário e o fosfato são indispensáveis ao desenvolvimento da agricultura de Mato Grosso e não pode dar esta volta”, assinalou o governador Siqueira Campos ao acrescentar que São Félix está à cerca de 80 quilômetros do município de Formosa do Araguaia, no Tocantins, que sem asfalto a distância ultrapassa 100 km. Por meio de uma parceria com o Governo Federal e a iniciativa privada, os governos de Mato Grosso e Tocantins irão fazer esta ponte Atlântico com o Pacífico, a Travessia Transbananal.
A obra está orçada em R$ 653 milhões que, de acordo com o projeto do Governo de Tocantins, que serão pagas em seis anos apenas com o pedágio que funcionará no trecho asfaltado. São 84 quilômetros de extensão que prevê plataforma de aterro médio de 2 metros e meio de altura, pilares e estacas de areia para sustentação de colchão de areia que receberá camada de aterro, solo compactado, base e asfalto; mureta de concreto em concreto em ambos os lados com 80 cm de altura para sustentação de tela de proteção de 2m.
Para o líder Indígena da Aldeia Fontoura da Ilha do Bananal, Coxini Karaja, a melhoria da malha rodoviária local significa a melhoria de vida para o seu povo, que precisa da Travessia Transbananal para encurtar o acesso à saúde e educação, por meio de Fundação Nacional do Índio (Funai) e Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e órgãos da Educação. Só na Ilha do Bananal a comunidade Karaja tem 1.400 habitantes e outros mais 3 mil do lado de Mato Grosso.
“Nós não queremos nos desvincular de Mato Grosso, mas queremos uma saída para a nossa produção, comprar insumos mais baratos”, disse o prefeito de São Félix, Filemon Gomes Costa Limoeiro.
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Mato Grosso, Luiz Antônio Garcia, também participou.