PUBLICIDADE

Sorriso: assessor diz que reprovação das contas do prefeito foi "retaliação"

PUBLICIDADE

O assessor jurídico da Prefeitura de Sorriso, Estevan Calvo, que auxiliou na defesa do prefeito Chicão Bedin (PMDB), na sessão de segunda-feira, disse que a decisão dos vereadores em reprovar as contas da prefeitura, de 2009, foi "retaliação". Para Calvo, a intenção foi tornar o prefeito inelegível para não se candidatar a qualquer cargo político por oito anos e considera também que foi uma forma de "represália" diante das denúncias feitas pelo Executivo, ao GAECO e Judiciário, que também resultaram nas cassações dos vereadores oposicionistas Chagas Abrantes (PR), Gerson Francio – Jaburu- e Roseane Marques (PR).

Calvo classificou a decisão da maioria dos vereadores de "jogada política. É uma perseguição. Querem calar o prefeito, querem esconder o que o prefeito vem fazendo pela nossa cidade", defendeu.

Ainda nesta semana, Calvo vai ajuizar ação, no Judiciário, para tentar derrubar a decisão do legislativo. Será o segundo recurso da prefeitura – a justiça havia anulado a votação no início do ano com reprovação das contas.

O assessor aponta que, um dos pontos que deve embasar a ação, é a declaração do vereador Boanerges Costa, aliado do prefeito. Na tribuna, o vereador, que fez parte da comissão de Finanças que expediu relatório pedindo a reprovação das contas, disse que não teve acesso ao relatório e não participou das reuniões que levaram o grupo a anunciar o parecer. Apontou que o relatório "veio pronto de uma consultoria jurídica, do Paraná, contratada pela câmara".

O assessor jurídico avaliou, com base na acusação do vereador Boanerges, que o caso é de "improbidade administrativa, pois é quebra de decoro parlamentar".

Outro lado
O relator da comissão, Hilton Polesello, afirma que a empresa jurídica, que presta serviços para a câmara desde o início do segundo semestre deste ano, teve acesso ao relatório feito pela comissão, depois de concluso, para colocá-lo apenas dentro das normas jurídicas. "O vereador teve acesso a tudo, como eu e o presidente da comissão, vereador Nilo Perin, tivemos. Ele [Boanerges Costa] sempre faz isso, se faz de desentendido, é um costume dele. E, se ele votou contra o relatório, é porque ele foi a favor das falhas de gestão do prefeito, que, desta vez, teve direito de defesa, mas não conseguiu convencer a todos", rebateu Polesello.

Sobre a acusação que a reprovação foi retaliação, Polesello disse que todo o relatório foi baseado nas ressalvas do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que deu parecer favorável, mas com ressalvas. E foram nestas recomendações que afirmou ter se baseado. "O transporte escolar, a epidemia de dengue, a análise foi feita com base nas ressalvas apresentadas pelo TCE. Nós concluímos que o prefeito não fez política conforme determina as prerrogativas". Um dos quesitos que também incidiu no parecer foi o Executivo ignorar cerca de 40 requerimentos enviados pela Câmara. Na tribuna, o prefeito assumiu a falha e chegou a depois desculpas, mas disse que não foi má intenção deixar de responder.

Polesello foi enfático ao afirmar que os vereadores cassados já é assunto do passado e que não tem nenhuma relação.

Leia ainda
Sorriso: Chicão se defende na câmara mas vereadores reprovam contas

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Novo município no Nortão enfrenta dificuldades no 1º ano

Boa Esperança do Norte, o município mais jovem de...

Prefeito de Peixoto de Azevedo amplia horário de funcionamento de órgãos municipais

O prefeito Nilmar Paulistinha (União), de Peixoto de Azevedo,...

Mais de 5,3 mil indígenas são beneficiados pelo programa SER Família em Mato Grosso

Famílias indígenas de diversas etnias de Mato Grosso estão...

Governo Federal atualiza valor de imposto para microempreendedores individuais

O valor do imposto de arrecadação do Simples Nacional...
PUBLICIDADE