Defensora de novo processo de divisão territorial de Mato Grosso por entender que o Estado tem dimensões maiores que muitos países do mundo, a deputada Luciane Bezerra (PSB) disse que vai propor junto ao Colégio de Líderes na próxima terça-feira e também ao governador Silval Barbosa (PMDB) que a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2012, estimada em R$ 13 bilhões, seja dividida em 4 partes diferentes, no que diz respeito aos investimentos para que todas as regiões sejam contempladas com obras e ações.
"É preciso que haja uma média ponderada, pois temos regiões mais carentes que outras, por isso não se pode dividir igualmente e como o governador é um político do interior de Mato Grosso e foi eleito por ele, nada mais justo que haja investimentos em todas as regiões para se acabar com o sentimento divisionista que é acarretado pela falta de políticas de governo", disse a deputada, apontando que existem modelos de vários estados brasileiros que adotaram políticas semelhantes para se fomentar o desenvolvimento em determinadas regiões mais atrasadas das que outras, gerando um equilíbrio social e econômico fundamentais para a consolidação das cidades.
Luciane Bezerra considerou como uma estratégia correta de integração a proposta de se ligar todo o Mato Grosso, nos 44 municípios, das 141 cidades que ainda não têm pavimentação asfáltica com a Capital, e disse que este tipo de ação é importante, porque permite que o desenvolvimento chegue com mais rapidez às localidades mais distantes da capital do Estado, Cuiabá. Para ela, os benefícios da interligação asfáltica será o grande atrativo para que empresas e indústrias venham se instalar nas regiões e municípios de todo Mato Grosso e seus mais de 900 mil quilômetros quadrados.
Reforma Tributária- A parlamentar socialista defendeu ainda que todas as forças políticas, estadual e federal convirjam no sentido de modificar a distribuição de recursos públicos de uma maneira generalizada. "Temos um país extremamente rico com uma população pobre porque não existe a preocupação de se investir corretamente e onde é preciso", explicou Luciane Bezerra. "O ideal é que os recursos fossem suficientes para atender a toda demanda das cidades, mas como isto é impossível, o melhor é que se tenha uma divisão regional macro para que se consiga compensar áreas menos favorecidas", disse ela, ressaltando que em todas as regiões de Mato Grosso e do Brasil existem municípios com melhor capacidade de desenvolvimento que outras, o que exige ação por parte do Poder Executivo.