Deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) disparou críticas ferrenhas à forma de condução dos processos a cargo da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014, sob comando de Eder Moraes. Em coletiva à imprensa, avisou que exigirá acompanhamento concomitante sobre as ações para implementação de todos os procedimentos da Secopa, principalmente em relação ao projeto do modal de transporte, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
Destacou que se houver impedimento para formação de equipe fiscalizadora na Comissão Especial de Acompanhamento das obras da Copa, sob presidência do deputado Sérgio Ricardo(PR), “pagará do próprio bolso” grupo de profissionais. A parlamentar deverá solicitar apoio do presidente do Poder legislativo, deputado José Riva (PSD), para a concretização da meta.
Luciane foi pontual ao frisar que não é contra a implantação do VLT, mas espera assegurar a clareza das ações. Citou cenário “nebuloso” sobre os trabalhos desenvolvidos para o Mundial. Questiona o RDC (Regime Diferenciado de Contratações), que para ela abre brechas para possíveis irregularidades, com dificuldades para fiscalização dos órgãos públicos.
Como exemplo, reiterou o quadro de anulação do contrato, por determinação do governador Silval Barbosa (PMDB), referente à compra dos 10 veículos Land Rover Defender equipados de tecnologia para monitoramento de fronteira, da ordem de R$ 14,1 milhões, que gera receio sobre o retorno aos cofres públicos da quantia de R$ 2,1 milhões dados pela extinta Agência Executora da Copa (Agecopa) como caução na concretização do negócio. A empresa apresentou defesa junto à Procuradora Geral do Estado (PGE), o que abre precedentes para litígio judicial.
“Não sou contra o VLT, até porque é de conhecimento de todos que a maioria da população quer o modal. Mas acho que todas as ações têm que ser claras e vamos exigir essa transparência”, alertou. Disse que modal corre risco de não ser implantado até 2014. O governador Silval Barbosa prometeu entregar o modal até a realização dos jogos.